Deputado sugere proibir venda de arma a PM

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Por Redação
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O presidente da Subcomissão de Armas e Munições da Câmara, Raul Jungmann (PPS-PE), encaminhou ao governador José Serra (PSDB) o resultado do rastreamento feito pelo Exército das armas apreendidas em São Paulo e uma série de sugestões para diminuir o mercado clandestino. Uma das propostas é acabar com a possibilidade de PMs comprarem armas para uso próprio. Para o deputado, o ideal seria que cada policial recebesse do Estado uma arma, pela qual ficaria responsável enquanto estivesse na ativa, em horário de trabalho ou folga. Cada policial teria só uma arma, o que impediria o comércio ilegal. Jungmann diz que a medida poderia ser implementada logo, já que, "na vanguarda dos Estados, a PM paulista está substituindo o revólver calibre 38 pela pistola calibre ponto 40". Para proibir ou pelo menos restringir a compra por militares e policiais de armas para uso pessoal, Jungmann prepara emenda à Medida Provisória 379/07, do governo federal, publicada em junho e em discussão no Congresso. A MP prorroga o prazo de recadastramento das armas para 31 de dezembro e facilita acesso a testes psicológico e de manejo, com redução de preços e isenção para caçadores, seringueiros e camponeses. O coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira, disse em artigo no mês passado que o prazo poderá ser prorrogado mais uma vez, se não houver adesão dos donos de armas. Segundo ele, apenas 171 mil se cadastraram até agora. Jungmann sugere que o governo paulista abra investigações para apurar se as armas que tiveram a PM ou policiais militares como primeiros donos foram "furtadas, roubadas, perdidas ou extraviadas". Propõe ainda recadastrar armas do patrimônio das polícias paulistas e a destruição mais rápida de armas apreendidas, para evitar desvio. O Estado procurou a Assessoria de Imprensa de Serra anteontem e ontem, mas o governador estava viajando e não foi localizado para comentar o documento enviado pelo parlamentar.

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