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É preciso acabar com essa cultura do estupro, diz especialista

De acordo com Carla Cristina Garcia, resultados de pesquisa do Ipea mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores

Por Victor Vieira
Atualização:

Na opinião da professora do Departamento de Sociologia da PUC-SP Carla Cristina Garcia, os resultados mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores. "O comportamento da vítima jamais pode ser apontado como motivo da violência", alerta. "É preciso acabar com essa cultura do estupro, que está naturalizada."

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Segundo Carla, é comum educar a mulher para sobreviver em um mundo sexista e violento, com restrições sobre roupas e lugares que frequenta. "Já as campanhas contra assédio no trabalho e no transporte público, por exemplo, aparecem menos."

O preconceito social revelado na pesquisa do Ipea também confirma que a violência doméstica é subnotificada. "Como a cultura machista permanece grande, o medo, a vergonha e o descrédito na Justiça fazem com que elas deixem de denunciar", avalia Sônia Coelho, integrante da Semprevivo Organização Feminista e da Marcha Mundial das Mulheres.

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