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Edinho Silva diz que governo respeita Legislativo

Ministro não considera redução da maioridade para determinados crimes derrota e diz que estratégia é seguir apostando no diálogo

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - Depois de a Câmara dos Deputados aprovar em primeiro turno a aprovação da redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse nesta quinta-feira, 2, que o Palácio do Planalto respeita a posição do Legislativo, mas que continuará apostando no diálogo para convencer a população de que a medida não é a melhor maneira de enfrentar a violência no País. Para Edinho, o resultado da Câmara não representa uma derrota para o governo.

"Eu acredito que a (votação) não (representa uma derrota pro governo). O governo vai continuar defendendo suas posições. O governo entende que esse não é o melhor caminho para que a gente possa combater a violência, mas respeita o poder Legislativo brasileiro", disse o ministro.

Deputados comemoram na Câmara aprovação da proposta de redução da maioridade para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte Foto: André Dusek/Estadão

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"Todos sabem que o governo é contrário à redução da maioridade penal, mas nós respeitamos o Legislativo. É um poder autônomo, que tem todo o direito de deliberar e assumir suas posições", afirmou Edinho. "O governo tem uma posição e vai continuar dialogando com a sociedade sobre a sua posição. Evidentemente que o poder Legislativo tem autonomia para se manifestar e se posicionar."

Apreensão. Apesar do tom oficial, o Palácio do Planalto recebeu com apreensão o resultado da votação da madrugada desta quinta-feira na Câmara dos Deputados. Um auxiliar da presidente Dilma Rousseff admitiu ao Broadcast Político - serviço de informação em tempo real da Agência Estado - que a votação foi um "desastre", mas espera que seja possível reverter o cenário no Senado Federal, onde o governo articula a aprovação de proposta que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sem reduzir a maioridade penal.

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