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Em 3 dias, abrigo recebe quase 300 imigrantes

Nesta sexta, 2 ônibus saíram ‘por conta própria’ para Florianópolis, mas SP ainda é o alvo principal

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Por Redação
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RIO BRANCO - O fluxo de imigrantes que entram no Brasil pelo Acre só tem aumentado nos últimos dias. Nesta sexta-feira, 22, chegaram 72. Na quarta-feira, foram 220. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos confirma que dois ônibus saíram nesta sexta-feira, 22, “por conta própria” levando um grupo para Florianópolis.

Um convênio com o governo federal garante o transporte para Porto Alegre. “Alguns deles, após verificar a rota que o ônibus faz para Porto Alegre, decidem descer em Curitiba, porque sabem que oito horas depois estarão em São Paulo”, relata o coordenador do abrigo de imigrantes no Acre, Antônio Crispim.

Refúgio. Imigrante haitiano mostra caminho, passando pelo Peru, para chegar a São Paulo[ Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

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Como o Estado mostrou nesta sexta-feira, 22, dois dias após a suspensão do envio de haitianos do Acre para São Paulo pelas autoridades, ônibus em Rio Branco continuavam oferecendo a rota. Um veículo da empresa Trans Brasil - com sede na cidade de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia - estacionou próximo do abrigo e dois funcionários venderam as passagens para os imigrantes. O painel do ônibus tinha a inscrição “São Paulo”, além de um bilhete que mostrava as outras localidades pelas quais o veículo passaria: Sena Madureira, no Acre, e Porto Seguro, na Bahia.

Atualmente, estão alojados no local 519 imigrantes. A estrutura abriga com segurança e conforto 110 pessoas. Também nesta sexta, 168 saíram de Rio Branco com destino a Porto Alegre. Desses, 90 foram em ônibus fretados pelo convênio entre o governo do Acre e o governo federal. “O restante foi por conta própria”, afirma o coordenador Antônio Crispim.

O primeiro grupo chegou no Acre em 2010. Nas contas oficiais, 38 mil haitianos passaram pelo Estado. O que causou uma despesa, ainda de acordo com o governo estadual, de R$ 25 milhões.

Morte. Na terça-feira pela manhã, morreu o terceiro haitiano que sonhava em melhorar de vida no Brasil. Tinha insuficiência renal crônica. Fazia hemodiálise no Hospital de Clínicas do Acre e foi acometido de uma súbita insuficiência respiratória aguda. Ele foi sepultado na quarta-feira.

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