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Em carta, atirador de Realengo deixa instruções para o próprio enterro

Homem escreve quem poderá mexer em seu corpo e pede que sua casa, que foi revistada, seja doada

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Na carta divulgada pela Polícia Civil, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou ao menos 12 crianças numa escola municipal em Realengo, na zona oeste do Rio, parece já saber que seu destino é a morte. Num trecho, ele deixa instruções sobre quem pode mexer em seu corpo e como ele deverá ser enterrado, além de pedir que orem por ele e que sua casa seja doada para alguma instituição que cuide de animais abandonados. Os corpos já foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) da cidade.

 

 

Clique e leia a íntegra abaixo:

 

 

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Casa. Antes de sair de casa para atacar os alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, Wellington quebrou objetos e deixou a carta, que foi encontrada e divulgada pela polícia. Ele morava numa casa de alvenaria, de dois andares, na Rua José Fernandes, em Sepetiba, Rio de Janeiro. O imóvel está em má condição de conservação - tem vidraças quebradas e pichações na fachada.

 

Na tarde de hoje centenas de crianças de três escolas próximas à casa do atirador se reuniram em frente ao imóvel e acompanham o trabalho de policiais militares e civis que fazem vistoria em busca de informações sobre o rapaz. O lote 18, onde Wellington morava nos últimos meses, fica praticamente em frente a uma escola municipal e a um CIEP. Uma terceira escola fica a uma quadra de distância.

 

Segundo vizinhos, Wellington era um rapaz quieto e reservado, mas apresentava comportamento normal. "Ele chegava todo dia, comprava pão na padaria, ovos no aviário, e ia para casa. Só vivia dentro de casa", disse a estudante Clara Isabelli, de 16 anos, moradora do local.

 

A estudante Luciene de Oliveira, de 17 anos, também vizinha, se disse espantada com a notícia. "Ele tinha um comportamento normal. Foi uma surpresa para a gente. Ele não perturbava ninguém". A casa em que Wellington estava morando foi lacrada por policiais e fica ao lado de dois pequenos terrenos abandonados.

 

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