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'Estado' recebe o maior número de indicações ao Prêmio Esso

Jornal concorre com três séries de reportagens de texto e três trabalhos fotográficos na edição de 2014 do principal prêmio do jornalismo brasileiro

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Por Redação
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BRASÍLIA- O Estado recebeu o maior número de indicações ao Prêmio Esso 2014, o maior do jornalismo brasileiro. O jornal concorre com três séries de reportagens de texto e três trabalhos fotográficos. A lista de vencedores será divulgada em 15 de novembro e a cerimônia de premiação ocorrerá em 2 de dezembro, no Rio de Janeiro. O Estado tem três trabalhos entre os cinco selecionados na categoria Regional Sudeste, que engloba as publicações impressas de São Paulo e Rio.

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"A história secreta da 'supergerente' Dilma com Pasadena", dos repórteres Andreza Matais, Fábio Fabrini, Murilo Rodrigues Alves, Sabrina Valle e Cláudia Trevisan, foi um dos trabalhos indicados. Publicada a partir de 19 de março, a série de reportagens revelou que a presidente Dilma Rousseff, quando chefe do Conselho de Administração da Petrobrás, votou a favor da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006, um negócio que gerou prejuízo de US$ 792 milhões ao País, segundo o Tribunal de Contas da União. Questionada pelo jornal, a presidente se disse embasada por um resumo "falho", de duas páginas e meia, e acusou um ex-diretor da empresa de enganá-la. As matérias abriram uma crise política, com demissões e a abertura de duas CPIs.

Também concorre na mesma categoria o caderno "Sangue Político", publicado em outubro de 2013. Após 17 meses de apuração, o repórter Leonencio Nossa, da Sucursal de Brasília, mostrou que a política brasileira continuou marcada pela violência mesmo após a Anistia. Nos últimos 34 anos, foram 1.133 mortes por disputas de poder ou 11 por dia. As reportagens já receberam este ano o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e a Menção Honrosa do Prêmio Latinoamericano de Jornalismo de Investigação (2014). 

Foi indicada ainda, na mesma categoria, a série "As Guerras Esquecidas da África", publicada em outubro de 2013 nas páginas de "Internacional". A repórter Adriana Carranca relatou as articulações políticas e os conflitos no Sudão do Sul, em Uganda e na República Democrática do Congo. Neste último, a barbárie custou mais de 6 milhões de vidas em cerca de 30 anos, um novo holocausto após a Segunda Guerra Mundial. Ali, as forças de paz são chefiadas por um general brasileiro.

Estado também tem três finalistas no Prêmio Esso de Fotografia: Daniel Teixeira, com o trabalho "Fora da ordem"; Fábio Motta, com "Em defesa da democracia"; e Nelson Antoine, com o flagrante "Coronel da Polícia Militar é espancado no Centro de São Paulo".

Este ano, o Esso teve 1.047 trabalhos inscritos, dos quais 68 foram selecionados pelos jurados, todos jornalistas profissionais, sendo 35 de texto, 15 de criação gráfica, 10 de fotografia e 8 de telejornalismo. Os jornais O Globo, do Rio, Correio Braziliense, da capital federal, e Zero Hora, de Porto Alegre, concorrem com cinco trabalhos cada um. A Folha de S. Paulo foi indicada por três trabalhos, sendo um de texto. 

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