Estudante agredido por PM segue em estado grave, sem risco de morte

Hospital informou que Mateus Ferreira da Silva está evoluindo com 'melhora clínica'; polícia afastou o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto

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Por Redação
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Imagem mostra o momento em que o estudante Mateus Ferreira, da UFG, é agredido por policial durante protesto em Goiânia Foto: Luiz da Luz/O Popular

GOIÂNIA - O Hospital Universitário de Goiânia (Hugo) informou na manhã desta terça-feira, 2, que o estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, permanece internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) em estado estável, ainda grave, mas sem risco de morte. O paciente sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas após ter sido agredido com um cassetete pelo capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio de Oliveira Neto durante um protesto da greve geral na sexta-feira, 28.

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Em nota no fim da manhã desta terça-feira, o Hugo declarou que Silva "está evoluindo com melhora clínica, estável na parte respiratória e com pressão normal". A equipe médica suspendeu a sedação para avaliação neurológica e início do processo de retirada da ventilação mecânica.

O hospital afirmou que não há programação para sessão de hemodiálise nesta terça-feira.

Afastamento de policial. Nesta segunda-feira, a Polícia Militar do Estado de Goiás retirou do serviço de ruas o capitão Oliveira Neto filmado atingindo Silva. O PM permanece em funções administrativas dentro da corporação. 

A decisão pelo afastamento do policial ocorreu após a repercussão da ação contra manifestantes na sexta-feira. Além de Silva, pelas redes sociais circulam imagens de quatro PMs batendo em uma jovem caída no chão. O próprio capitão é flagrado empurrando manifestantes.

O afastamento do oficial será por 30 dias enquanto durar um inquérito policial militar (IPM) cuja conclusão vai para o Poder Judiciciário. A reportagem não conseguiu localizar o capitão. O comandante-geral da corporação, coronel Divino Alves de Oliveira, confirmou o afastamento "para apurar a responsabilidade" da ação que classificou como "incorreta" e disse que a tropa não usava material químico não letal.

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