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Ex-presidente da Sanasa nega ter sido beneficiado

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Por Fausto Macedo
Atualização:

Vicente Guillo, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), disse que o Tribunal de Contas do Estado aprovou os contratos da Sanasa em sua gestão. "Como presidente da Sanasa tive um contrato normal das obras da marginal do Piçarrão e um emergencial por causa do rompimento de uma adutora durante enchente em Campinas. Só me lembro dessas duas obras com a Camargo Corrêa."Ele disse que deu início ao processo de licitação do projeto Anhumas, sob investigação do Ministério Público, mas não chegou a abrir os envelopes com as propostas comerciais porque foi exonerado da Sanasa "por problemas políticos". "A execução da obra e a assinatura dos contratos não foi comigo. Fui exonerado por problemas políticos. Eu era ligado ao grupo do prefeito, que foi assassinado (Toninho do PT, morto em 2001)."Guillo se disse perplexo com a citação a seu nome no relatório da Castelo de Areia. "Como secretário de Planejamento eu não tinha absolutamente nada com a Sanasa e não executávamos obras. Eu imagino que precisa ter motivação para ensejar recebimento de dinheiro. Como secretário não fiz nenhum contrato com a Camargo Corrêa. Quem autoriza ou licita são órgãos executores, como a Secretaria de Obras ou o saneamento.""Eu fico muito chateado", desabafou Guillo. "Como eu poderia ter beneficiado empreiteira na condição de secretário de Planejamento que não faz obras? Vou ter de ficar me justificando pelo resto da minha vida por causa de um manuscrito onde alguém escreve alguma coisa?"A Sanasa informou que Aurélio Cance, diretor técnico, não iria falar sobre a investigação antes de ir à promotoria. Segundo a assessoria os contratos foram auditados por ordem do prefeito Dr. Hélio e submetidos a uma CPI. "A auditoria e a CPI concluíram pela regularidade dos contratos."

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