Exército encontra bombas caseiras em acesso ao Complexo do Alemão

Artefatos seriam usado contra militares; cerca de 100 homens reforçam região depois de tiroteio

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - O Exército recolheu cinco bombas encontradas na manhã desta quarta-feira, 7, próximas a um dos principais acessos do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Algumas das bombas haviam sido detonadas. O Exército acredita que os artefatos seriam usados contra os militares.

 

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Depois do tiroteio de terça-feira à noite, o clima hoje é de tranquilidade. O comércio, fechado durante a troca de tiros, está funcionando normalmente. A segurança foi reforçada em toda a comunidade. Cem fuzileiros navais foram acionados e dão apoio aos militares da Força de Pacificação, e 50 policiais militares ocupam os morros do Adeus e da Baiana, também no complexo.

 

Não há confirmação de que uma menina de 15 anos tenha morrido, vítima de bala perdida. A informação circulou ontem.

 

Segundo nota divulgada pelo comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, a ocupação ocorreu porque os dois morros não contam com tropas federais. "São locais com comandamento - ou seja, visão de cima para baixo -, portanto, facilitadores de agressão contra as tropas que patrulham a Avenida Itararé", informou o coronel. Os PMs são do 16º BPM (Olaria) e 22º BPM (Maré).

 

O tiroteio teria sido deflagrado por uma disputa entre traficantes das comunidades do Adeus, da Serra da Misericórdia e da Grota, e depois evoluiu para um confronto contra os militares que ocupam o complexo, segundo moradores.

 

O Exército não confirmou esse enfrentamento. Para evitar que passageiros fossem atingidos por tiros, o teleférico recém-inaugurado no morro parou e vias de acesso, como a Estrada do Itararé, foram interditadas.  

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