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Família de baiana assassinada por espanhol quer a neta

Rita de Cássia Alves foi morta pelo ex-marido, Joaquim Braskez; irmão da vítima disse que parentes só pensam agora em obter guarda da sobrinha de 6 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

Obter a guarda da filha da empresária baiana Rita de Cássia Alves, assassinada com um tiro de escopeta pelo ex-marido espanhol, é o principal objetivo da família da vítima, que aguarda para a noite deste domingo a chegada do corpo a Salvador. O motorista Antonio Alves da Silva Filho, irmão de Rita, que vem falando em nome da família, tem exigido também das autoridades espanholas uma apuração rigorosa do crime, que ganhou as manchetes dos jornais da Espanha. Ele mantém contato com o Itamarati para evitar que a família do espanhol fique com a menina de 6 anos. O enterro do corpo de Rita está previsto para a manhã de segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. De acordo com testemunhos de pessoas próximas à empresária, o marido Joaquim Braskez era muito ciumento e não aceitava o divórcio. A tristeza dos pais, Antonio da Silva Alves e Maria Natividade, é ainda maior porque a mais velha dos sete filhos costumava vir nesta época do ano para Salvador, por causa do Carnaval. No ano passado, dona Natividade chegou a pedir que a filha não retornasse com o espanhol, ao perceber que o relacionamento já estava em crise. Rita, que tinha 37 anos, levou um tiro de escopeta calibre 32 quando saía do escritório de advocacia, onde havia assinado os documentos da separação, em Sória, cidade espanhola de 35 mil habitantes e situada a 225 quilômetros de Madri. Braskez, autor do disparo, foi encontrado pela polícia com um ferimento na boca, como se tivesse tentado suicídio. Ele havia conhecido Rita há dez anos, em Salvador, para onde veio em viagem de turismo. O acusado praticava caça e tiro ao alvo. Atirou pelas costas, em um horário de muito movimento, no final da manhã do dia 29 de dezembro do ano passado, na rua San Juan de Cabenera, centro de Sória.

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