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Família de brasileiro morto em Londres pede volta do corpo

´Tudo o que quero é o corpo, para que ele possa ter um sepultamento digno´, disse Denise Altoé, mãe de Acioli Pariz Júnior, morto em um hotel na Inglaterra

Por Agencia Estado
Atualização:

A família do capixaba Acioli Pariz Júnior, de 29 anos, assassinado em um hotel em Londres na quarta-feira da semana passada, fez um apelo para que o traslado do corpo do rapaz seja feito "o mais rápido possível" para o Brasil, a fim de que ele seja enterrado na cidade de Jaguaré, no Espírito Santo, onde nasceu. "Tudo o que quero é o corpo, para que ele possa ter um sepultamento digno", disse a mãe de Júnior, Denise Altoé, de 50 anos. "Os ingleses admitem liberar o corpo do meu filho se acharem os autores do crime ou então só daqui a três semanas, no mínimo. Temos que seguir as leis de lá, mas vejo isso com muita indignação." Ela está angustiada. "Não tenho novidade. O sofrimento é muito grande." A tia do capixaba, Luiza Altoé, de 38 anos, reforça a afirmação da irmã. "A gente não tem nenhuma notícia sobre as investigações do crime. Estamos também encontrando dificuldades de enterrá-lo em Jaguaré. Somos de uma família com poucas posses, mas quero trazer o corpo de qualquer maneira", desabafou, chorando. Júnior vivia de forma ilegal em Londres desde 2005, dividindo um quarto com quatro brasileiros. Foi para a capital da Inglaterra com a intenção de "ver coisas diferentes", trabalhar e estudar inglês, contou a tia. Estava trabalhando como caseiro e já tinha sido funcionário de um parque. Recentemente, teve uma grande alegria. Seu visto permanente para ficar na Inglaterra estava para sair. A família soube da novidade e vibrou bastante. "Era a segunda pátria dele. Ele nem pensava em retornar para o Brasil", contou a mãe, com quem falava nos fins de semanas por telefone. A tia afirmou que Júnior "amava aquele lugar". "Dizia que era muito bonito e que não tinha violência. E aconteceu logo com ele. Acabamos numa situação dessas." Ela chorou ao falar sobre a sua relação com o sobrinho. "A família era muito ligada a ele, apesar da distância. Ele sempre mandava presentes, era carinhoso, muito alegre e extrovertido. A dor é muito forte." A página de Júnior no site de relacionamentos Orkut tem muitas mensagens de apoio à família. O capixaba, por meio de um vídeo postado recentemente, exibe no Orkut imagens de um parque de diversões onde trabalhou durante o verão europeu, em julho de 2006. Ele também expôs no site doze fotos de algumas viagens pela Europa.

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