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Ferrovias do País estão defasadas em 50 anos

Por Eduardo Reina
Atualização:

A malha ferroviária brasileira está defasada pelo menos 50 anos, disse ontem o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo, Manoel da Silva Ferreira Filho. "Na década de 60 houve investimento grande na indústria automobilística e o setor ferroviário perdeu." O colapso é comprovado pelo maior número de viagens diárias feitas por transporte particular em comparação com o público (trem e ônibus) em São Paulo. Em 2002, eram 52 milhões de viagens/dia por meio particular, ante 48 milhões por transporte público. Em 1967, essa estatística era invertida, com 65 milhões de viagens/dia por trem e ônibus, contra 34 milhões por meio particular. "Esperamos que em 2015 a curva se inverta novamente. Projeções mostram crescimento para 55 milhões de viagens por meio público e 45 milhões por particular", diz o diretor de Planejamento e expansão do Metrô de São Paulo, Marcos Kassab. Para o gerente de Projetos de Transporte da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Silvestre Ribeiro, muitos trens antigos não têm conserto. "Planejamos investimentos até 2015 em equipamentos e estações. Há trens com 50 anos e não se acham mais peças para reparos. A Linha F (Brás-Calmon Viana), por exemplo, tem trens degradados."

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