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Greve da PF suspende prestação de serviços em Alagoas

Agentes organizaram operação-padrão em portos, aeroportos e fronteiras do País

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve de 24 horas marcada para esta quarta-feira pela Polícia Federal paralisou parte dos serviços em Alagoas, segundo informações do presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando. O presidente afirmou que a adesão à greve no Estado é total. "Apenas a custódia dos presos e o plantão foram mantidos, mas o atendimento ao público, para emissão de passaporte e outros serviços, foram suspensos." Em vários Estados do Brasil foram realizadas operações-padrão em portos, aeroportos e fronteiras. Em ofício endereçado aos sindicatos associados, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, informa que a diretoria da entidade estará reunida, nos dias 24 e 25 de abril, para discutir o movimento e traçar novas estratégias. Os policiais federais exigem que o governo cumpra com o acordo assinado ainda em 2006 que fixava o reajuste da categoria em duas partes. Os policiais reivindicam reajuste salarial de 30%, estipulado em acordo firmado em fevereiro de 2006 pelo então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o Grupo das Entidades Representativas de Classe da PF. Nesse documento, o governo se compromete a repor perdas salariais das carreiras por meio de reajuste de 60% dividido em duas parcelas de 30%. A primeira foi quitada em junho. A outra parcela deveria ter sido depositada em dezembro, mas não foi. "Pedimos desculpas à população, mas a culpa de todos esses transtornos é do governo Lula, que se recusa a cumprir o acordo salarial que fez com os policiais federais", acrescentou Venerando. "Apenas uma foi honrada. Além disso, nós defendemos uma Lei Orgânica para o Departamento de Polícia Federal que seja discutida de forma democrática e atenda a todas as categorias", afirmou Venerando, acrescentando que a Lei Orgânica proposta pelo Ministério da Justiça é excludente, antidemocrática e inconstitucional. "A proposta do governo é tão absurda que acaba com os cargos de escrivães e papiloscopistas, colocando os companheiros que exercem essas funções em disponibilidade". Texto ampliado às 14h55

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