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Greve dos Correios bloqueia 70% das cargas em aeroportos

Serviços como o Sedex Hoje e o Disque Coleta estão suspensos; categoria pede aumento salarial de 20%

Por Paulo R. Zulino , Solange Spigliatti e Leonardo Goy
Atualização:

A greve nacional por tempo indeterminado dos funcionários das Empresas de Correios e Telégrafos (ECT) bloqueia cerca de 70% das cargas em aeroportos do País, segundo informações da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Fentect). Dos 33 sindicatos da categoria em todo o País, pelo menos 28 aderiram à greve. Apesar disso, os Correios dizem que a greve de funcionários é "parcial e localizada" e atinge o Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Distrito Federal, Piauí e Recife. De acordo com os Correios, alguma unidades de distribuição das correspondências, com maior adesão dos carteiros, tiveram os serviços prejudicados. Ainda segundo os Correios existem cerca de 12,3 mil agências dos Correios espalhadas pelo País que estão funcionando. A empresa afirmou também que os dias parados serão descontados dos salários dos grevistas. Estão suspensos os serviços de Sedex Hoje - que entrega correspondências no mesmo dia - e do Disque Coleta, no qual cartas em geral ou encomendas são retiradas na casa da pessoa que pretende mandá-las e entregues em determinadas localidades. O Sedex 10, no entanto, ainda está mantido, segundo os Correios, que afirmou que o serviço de transporte aéreo e terrestre de cargas também funciona normalmente. Reivindicações Os funcionários dos correios decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, para reivindicar melhores condições de trabalho; eles querem 20% de aumento, com a correção de 6,57% referente à inflação a partir de agosto. Além disso, pedem um piso salarial de R$ 931, que é mais que o dobro do atual, de R$ 448. De acordo com os Correios, os funcionários receberam 103% de aumento contra 46% de inflação, desde o início de 2003. No acordo deste ano, a empresa ofereceu 3,74% de reajuste referente ao IPCA e mais um abono de R$ 50, o que geraria para as categorias menores um aumento de 11,2%. Também propõe o pagamento de um abono de R$ 200 a ser pago este mês e mais R$ 200 em janeiro de 2008. Em São Paulo, dos 37 mil funcionários em todo o Estado, apenas três mil não aderiram à greve, segundo a Federação. Os funcionários da região de Bauru, no interior do Estado, vão esperar nova negociação que será feita em assembléia na sexta-feira, 14. Texto alterado às 12h45 para acréscimo de informações.

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