Imperatriz Leopoldinense canta a história do bacalhau

O enredo falou de Chacrinha até a Noruega

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quinta escola a passar pela Sapucaí, a Imperatriz Leopoldinense fez mais um de seus desfiles caprichados, porém sem empolgar o público. O enredo era ?Teresinhaaa, uhuhuuuu!! Vocês querem bacalhau??, e teve patrocínio do Conselho Norueguês de Pesca, que injetou R$ 1 milhão na agremiação e estampou as camisetas dos funcionários que empurravam os carros alegóricos. O desfile teve como ponto de partida Chacrinha, simbolizado numa enorme escultura que veio no abre-alas. O comunicador foi o grande mestre de cerimônias da apresentação (o filho, Leleco Barbosa, e quatro netos o representaram). No carro, ele estava ?acompanhado? de indefectíveis chacretes e do ajudante de palco Russo, vestido de viking e de bacalhau na mão, como o ?patrão?. Em destaque, a cantora Vanderléa; como de costume, exibindo ótima forma. A carnavalesca Rosa Magalhães, que viajou à Noruega no ano passado para buscar inspiração, não se mostrou tão criativa como em carnavais anteriores. Exibiu, uma ala após a outra, o bacalhau em suas mais diferentes apresentações. Tinha bacalhau em alto mar, no fundo do mar, no prato. No penúltimo carro, justamente o mais bonito, a iguaria era ?preparada? numa cozinha e servida num banquete entre nobres, sentados a uma longa mesa. Os vikings foram outra temática repetitiva na apresentação da Imperatriz. Os mares gelados da Noruega, habitat do famoso pescado, também foram representados. Um carro soltou ?neve? para lembrar as baixas temperaturas daquele país - pena não ter refrescado o ar na Sapucaí, quente como nos piores dias de verão no Rio. Luciana Gimenez, com corpão em dia, ajudou a esquentar o clima, embora ainda não tenha o desempenho esperado de uma madrinha de bateria. Ela até dá uma sambadinha, mas não interage com os ritmistas nem com o Mestre Jorjão. E ainda exagera nas caras e bocas para a platéia. Na concentração, Luciana demonstrou não se importar com as críticas. ?Se a Imperatriz quisesse alguém que sambasse, chamava uma menina da comunidade. Eles querem o meu carisma, minha personalidade. Sou muito brincalhona. Eles querem é a Luciana?, disse, do alto de seu 1,91 metro de altura (1,81 naturais e dez centímetros de salto). ?Estou com uns dois metros hoje.? A apresentadora foi ?escoltada? da concentração à Apoteose pelo marido, Marcelo Carvalho, vice-presidente da emissora Rede TV. ?Hoje pareço mãe de miss?, brincou, orgulhoso e jurando não ter ciúme de ver a assediadíssima mulher se exibir para o mundo de biquininho (com o bumbum coberto por plumas, há que se ressalvar, e por vontade da própria, que diz não gostar de mostrar a retaguarda, ?nem pagando, quanto mais de graça?). ?Mulher bonita tem que se mostrar. Se fosse feia, ninguém olhava?, considera Marcelo. No desfile da Imperatriz, o tradicional bloco carnavalesco pernambucano Bacalhau do Batata também foi visitado - um momento em que a escola aproveitou para homenagear o centenário do frevo. Um carro e uma ala vieram vestidas de foliões. Palhaços, fadas, pierrôs, diabinhos e baianas passaram alegres pela Sapucaí. Ao fim, ficou a sensação de que, mais uma vez, a Imperatriz fez um desfile correto - e só..

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