Implosão de alça de viaduto é embargada por risco de desabar

Para órgão, tudo indica que carregamento de explosivos será feito sem que o viaduto, em Belo Horizonte, esteja escorado

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Por Marcelo Portela
Atualização:
Desabamento de viaduto em julho deixou duas pessoas mortas Foto: Clayton de Souza/Estadão

BELO HORIZONTE - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) embargou nesta segunda-feira, 8, a implosão da alça norte do viaduto Batalha dos Guararapes, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. A estrutura está interditada desde julho, quando outra alça desabou sobre a Avenida Pedro I, matando duas pessoas e deixando 23 feridos. O embargo foi determinado porque a SRTE/MG avaliou haver "risco real e iminente de ruína" do resto da obra, sob responsabilidade da Construtora Cowan, que deverá apresentar projeto de engenharia "que garanta a segurança dos trabalhadores".

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Segundo a superintendência do Trabalho, após ser notificada, a Cowan apresentou documento com o plano para o trabalho de demolição em 11 etapas. Mas o órgão considerou as informações "insatisfatórias" por não indicarem a "sequência temporal para execução" dos trabalhos, assim como a "previsão de datas". A SRTE/MG apontou "riscos reais" de desabamento da alça norte porque, para o órgão, "tudo indica que o carregamento de explosivos será efetuado sem" que o viaduto esteja escorado pelos equipamentos que hoje auxiliam a sustentar a estrutura.

Por meio de sua assessoria, a Cowan informou que mantém reuniões com os fiscais do Trabalho acerca da demolição e que irá "detalhar ainda mais o plano para atender às exigências". O início da demolição estava marcado para o próximo dia 14, com previsão de conclusão uma semana depois. O procedimento foi autorizado pela Justiça, que havia vetado a realização dos trabalhos a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) até que fosse definida a situação dos moradores e comerciantes vizinhos ao viaduto, que serão retirados do local durante o processo.

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