Incêndio destrói quatro galpões em Taguatinga, no Distrito Federal

Área atingida chega a três mil metros quadrados

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Por Jorge Macedo
Atualização:

BRASÍLIA - Um incêndio de grandes proporções atingiu quatro galpões de móveis e estofados no Setor de Indústrias de Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal. De acordo com os bombeiros, o fogo começou por volta das 15h30 e as causas que provocaram o acidente ainda são desconhecidas.

Segundo o tenente dos bombeiros William Bomfim, uma área de aproximadamente 3 mil m² foi destruída pelo fogo, que chegou à temperatura de 1.000 °C. O incêndio começou no galpão de móveis da empresa Atlântida e de lá se alastrou para outros três galpões vizinhos. Ao todo, 80 homens dos bombeiros e 35 viaturas da corporação foram utilizados para tentar conter as chamas.

Incêndio atingiu 3 mil metros quadrados Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

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A área dos galpões fica próxima à Feira dos Goianos, região de intensa movimentação de pessoas. Apesar do grande fluxo na hora do incidente, ninguém ficou ferido. Os bombeiros chegaram poucos minutos após o início do incêndio. A fumaça preta que saía do local chamou a atenção dos homens da corporação que fica próxima ao local. 

Os bombeiros tiveram dificuldade de chegar até a área atingida pelo fogo por conta do trânsito intenso da região. A Polícia Militar e o Detran foram acionados para auxiliar na operação e isolar todo o perímetro num raio de três quilômetros. O fogo só foi controlado cerca de duas horas e meia após o início do incêndio. Até às 20h a luz não havia sido religada e a região continuava isolada pelos policiais para o trabalho dos bombeiros e defesa civil.

Desespero. Para garantir a segurança dos moradores na região vizinha aos galpões, as forças de segurança pediram que os comerciantes retirassem as mercadorias das lojas e deixassem o local rapidamente. Antes mesmo das 16h já não havia mais ninguém circulando pela área atingida pelo fogo.

Maristela Santana, de 40 anos, tem um quiosque de refeições ao lado de um dos galpões. Desesperada, ela não sabe como será a vida a partir de agora. "Ninguém me falou nada, apenas pediram para que deixasse a loja. Minha vida depende disso, tenho cinco filhos para sustentar. Essa é minha única fonte de renda", desabafou. O comércio de Maristela funciona há dois anos e vende refeições prontas a R$ 5 para os trabalhadores da região.

De acordo com o coronel da Defesa Civil Sérgio Barbosa, ainda não é possível medir os estragos causados pelo incêndio. "O que podemos afirmar é que a estrutura dos quatro galpões foi totalmente comprometida. Será preciso demolir tudo para depois reconstruir. O fogo destruiu a estrutura de concreto, vidros e pilares que sustentavam os galpões", destacou.

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O trabalho das forças de segurança prosseguirá até que todos os focos sejam controlados. "Ainda temos o rescaldo, precisamos nos certificar de que eles não existem mais para começar o trabalho de avaliação", afirmou Barbosa. A perícia de incêndio será feita na manhã desta quinta-feira por causa da luz ambiente. Os homens deverão avaliar se um quinto galpão, vizinho a um dos quatro destruídos pelo fogo, também teve a estrutura comprometida pelo incêndio.

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