Itália investiga crime no sumiço de brasileira em cruzeiro

Simone Scheuer, que trabalhava na limpeza do navio, não foi mais vista pelos tripulantes desde o dia 19 de junho

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Por Redação
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A Procuradoria de Brindisi, na Itália, abriu uma investigação nesta terça-feira, 27, sobre um possível "homicídio" no caso do desaparecimento da brasileira Simone Scheuer Sousa, de 35 anos, que trabalhava no navio de cruzeiro MSC Musica. O navio partiu de Veneza e chegou em Brindisi no dia 19 de junho.   

Os agentes da Polícia de Fronteira Marítima (Polmare), coordenados pelo procurador Milto Stefano De Nozza, obtiveram as imagens das câmeras internas do navio e recolheram depoimentos de pessoas próximas à brasileira.  Até o momento, os policiais não acreditam que Simone tenha deixado a embarcação antes da partida no porto de Veneza.   

Simone Scheuer Sousa, de 35 anos, é natural de São Paulo Foto: Simone Scheuer/Facebook

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O desaparecimento foi informado entre as noites de 18 e 19 de junho, quando o cruzeiro estava na altura da cidade de Pescara, onde ficou por uma hora antes de voltar à rota para Brindisi - porto ao qual chegou com atraso.  As buscas no Mar Adriático, realizadas pelos militares da Capitania dos Portos, não obtiveram nenhum resultado.

Os investigadores ainda recolheram tudo o que estava na cabine de Simone, mas ainda não há elementos para fazer uma completa reconstrução dos fatos.   A investigação da Procuradoria foi aberta contra "pessoas não identificadas", já que não há suspeitos ainda sobre o possível crime.

Simone trabalhava na limpeza da embarcação da MSC Música. Segundo a família, que é de São Paulo, o sumiço ocorreu após a mulher terminar um namoro com um dos tripulantes que também trabalhava na embarcação por causa de uma traição. 

De acordo com Clara Scheuer Souza, de 67 anos, mãe de Simone, em entrevista ao Estado na semana passada, a jovem também havia se desentendido com um supervisor no navio havia poucos dias.

"É muita angústia. A gente quer saber o que aconteceu. Esse sumiço tem que ter alguma lógica. Uma pessoa não evapora assim", diz a mãe, que soube do desaparecimento por meio de colegas de Simone, que notaram o sumiço.  / COM INFORMAÇÕES DA ANSA

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