Juízes apoiam ação do STF e da PF na Operação Hurricane

Nota da Associação dos Magistrados Brasileiros disse que ´defende que os magistrados, cuja culpa for comprovada, sejam punidos exemplarmente´

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), formada por 14 mil juízes, em nota oficial, diz apoiar as ações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), "cujas decisões, pautadas pelo respeito irrestrito à lei e à Constituição, vêm sendo cumpridas pela Polícia Federal". A nota diz respeito às operações da Polícia Federal que resultaram na prisão e indiciamento de diversos magistrados e outras autoridades. Na Operação Hurricane (furacão, em inglês), deflagrada no dia 13 de abril, entre os 25 presos investigados pelo suposto envolvimento em um esquema de compra de sentenças e exploração de jogos ilegais estavam três magistrados. Por determinação do STF, os desembargadores federais José Eduardo Carreira Alvim e José Renato Ricardo de Siqueira Regueira e o juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região Ernesto da Luz Pinto Dória foram liberados por terem foro privilegiado. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, também investigado, não chegou a ser preso. Leia a íntegra da nota: "Decorridos treze dias das operações que resultaram na prisão e indiciamento de diversos magistrados e outras autoridades, a Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, que congrega cerca de 14 mil juízes, torna público seu apoio às ações presididas pelos Ministros Cezar Peluso do Supremo Tribunal Federal e Felix Fischer do Superior Tribunal de Justiça, cujas decisões, pautadas pelo respeito irrestrito à lei e à Constituição, vêm sendo cumpridas pela Polícia Federal. Dentro dos parâmetros do Estado Democrático de Direito vigente, a AMB defende que os magistrados, cuja culpa for comprovada, sejam punidos exemplarmente. A Associação dos Magistrados Brasileiros reafirma o compromisso na defesa de um Poder Judiciário transparente, democrático e livre da mancha da corrupção, ao mesmo tempo em que repudia qualquer tipo de generalização contra seus integrantes".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.