Juízes foram avisados de ataques criminosos em SP

Polícia Civil interceptou ligações dando conta as ações criminosas no final da tarde de terça. A palavra de ordem de delegados e juízes era ?se acautelem"

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Por Agencia Estado
Atualização:

A cúpula da segurança pública e do Judiciário de São Paulo já tinha informação desde o final da tarde desta terça-feira, 7, de que criminosos ligados a uma facção que atua nos presídios paulistas estavam planejando ataques nas ruas. A Polícia Civil, por meio de escutas telefônicas, interceptou ligações dando conta das ações criminosas. Desembargadores do Tribunal de Justiça e diretores da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis) passaram informações aos juízes para que reforçassem a segurança e tomassem medidas preventivas. A palavra de ordem de delegados e juízes era ?se acautelem?. Por volta das 20h40, juízes e desembargadores passaram a avisar os colegas de que um ?salve? foi interceptado com ordem para ataques e rebeliões na capital paulista. O primeiro ataque aconteceu alguns minutos depois, por volta das 21 horas, na rua John Audubon, no Jardim São Silvestre, no Jabaquara (zona sul da capital). Dois homens numa moto pararam um ônibus, que fazia a linha Vila Mariana-Parque Bristol. A dupla mandou os passageiros descerem e atearam fogo ao veículo. O incêndio foi controlado rapidamente e ninguém ficou ferido. Um segundo ônibus e um microônibus pegaram fogo por volta das 22 horas na Praça Cílio Carnelos, Jabaquara, também na zona sul. Os dois veículos estavam no ponto final de seu trajeto. Além dos ataques aos ônibus, um Corsa da Polícia Militar foi alvo de tiros às 22h35 em frente à estação de trem do Ipiranga (zona sul). Os disparos teriam vindo do alto do Viaduto Pacheco Alves. De acordo com a PM, mais de dez tiros partiram de homens que estavam num viaduto que fica nas proximidades da estação. Os dois policiais não estavam no carro e não se feriram. A Polícia investiga se os ataques têm relação com a situação no presídio de Presidente Venceslau. A penitenciária vive clima de tensão por causa de uma revista nas celas à procura de drogas e celulares. Os presos ameaçaram com uma onda de ataques se os policiais entrassem no local.

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