Jungmann diz que uso de tropas nas ruas será definido posteriormente

Ministro afirma que efetivo de militares existente no Rio, por ora, é suficiente

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Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, esclareceu na noite desta sexta-feira, 16, que o uso de tropas nas ruas do Rio de Janeiro por conta do decreto de intervenção ainda não está definido e será fruto de avaliação. “Não haverá policiamento ostensivo de saída, nem tanques”, disse. “Pode até ter (tanques), mas depende de um planejamento, momento, necessidade e não será algo assim de saída, amanhã”, esclareceu. 

O ministro da Defesa, Raul Jungmann Foto: Fabio Motta/Estadão

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Jungmann participa de reunião no Rio, neste sábado, com o presidente Michel Temer e o Comandante Militar do Leste, general Walter Sousa Braga Netto, que foi designado interventor. Jungmann disse ainda que não há definição do efetivo de homens que será colocado à disposição do Estado e que, por ora, o efetivo existente no Rio “é suficiente”.

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Durante a coletiva hoje à tarde, após a assinatura do decreto, o ministro Sérgio Etchegoyen (gabinete de Segurança Institucional) disse que o interventor voltava de férias e ainda não podia se pronunciar sobre medidas que tomará no combate à criminalidade no Estado.

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Já Jungmann destacou que o carioca Braga Netto conhece com "profundidade" o Rio, onde atuou especialmente na segurança das Olímpiadas 2016. O ministro sinalizou que o trabalho conjunto montado desde então, reforçado com a operação de Garantia da Lei e da Ordem, será reforçado, agora sem interferências dos comandos das polícias Civil e Militar. 

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Etchegoyen informou que o governo federal avalia "atos administrativos" para expandir o poder das Forças Armadas. "Há uma série de providências que deverão ser tomadas, atos administrativos que permitam um planejamento, de acordo com as competências de cada órgão", afirmou.

O ministro do GSI também participa da reunião deste sábado no Rio, assim como o governador Luiz Fernando Pezão. O encontro está agendado para o meio dia no Palácio Guanabara, sede do Estado, e Temer deve sair de Brasília por volta das 10 horas.

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