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Justiça condena cinco pelo assassinato da travesti Dandara

Dandara dos Santos foi morta a socos, chutes e golpes de pau e pedra em fevereiro de 2017, na periferia de Fortaleza; condenados confessaram crime

Por Carmen Pompeu
Atualização:

FORTALEZA - Cinco pessoas responsáveis pelo assassinato da travesti Dandara dos Santos, de 42 anos, foram condenadas na madrugada desta sexta-feira, 6. Todos foram condenados por homofobia, crime cruel e sem chance de defesa para Dandara. As penas são individualizadas conforme a participação de cada uma das cinco pessoas no crime.

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Francisco José Monteiro de Oliveira Júnior foi condenado a 21 anos em regime fechado por ter atirado na travesti. Jean Victor Silva Oliveira foi condenado a 16 anos por usar um pedaço de madeira no linchamento.

Rafael Alves da Silva Paiva pegou 16 anos por ter agredido Dandara a chutes e pontapés. Francisco Gabriel dos Reis deve cumprir 16 anos por dar chineladas em Dandara. Isaías da Silva Camurça, 14 anos e 6 meses por ter agredido verbalmente a travesti.

Logo após a sentença os advogados de Jean Oliveira e Rafael Paiva anunciaram que vão recorrer da decisão. Eles entendem que as penas foram elevadas, tentando justificar que as agressões de Jean (paulada) e Rafael (chutes) não foram determinantes para a morte de Dandara dos Santos. Os três condenados não anunciaram recurso da sentença.

O julgamento durou 14 horas e 45 minutos e foi realizado no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Dandara dos Santos foi morta a socos, chutes e golpes de pau e pedra em fevereiro de 2017, no bairro Bom Jardim, na periferia de Fortaleza. Os condenados confessaram o crime, mas negaram que não tinham a intenção de matá-la.

Ao todo são 12 acusados de participar do crime. Além dos cinco condenados, quatro são menores que cumprem medida socioeducativa em centros de reabilitação de Fortaleza. Dois são procurados pela Polícia. Um dos acusados, Júlio Cesar Braga, conseguiu ser retirado do julgamento por falta de provas.

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