Justiça libera recursos para cadastrar atingidos em Mariana
Serão usados R$ 5,4 milhões para a sequência do cadastramento das vítimas do rompimento da Barragem de Fundão
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Por Rene Moreira
Atualização:
SÃO PAULO - A Justiça de Mariana, em Minas, deferiu ação civil pública e autorizou a liberação de mais recursos para utilização na continuidade dos trabalhos de cadastramento dos atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão. O pedido partiu do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da promotoria de Defesa dos Direitos Humanos.
Vista aérea de parteda região atingida pelo mar de lama que inundou os vilarejos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, em Mariana, Minas Foto: Fabio Motta
Mariana dois anos depois
Cerca de 300 famílias foram desalojadas de suas casas pela lama nos vilarejos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, em Mariana, Minas Foto: Fabio Motta e Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Vista áerea dos vilarejos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, em Mariana, Minas, atingidos pelo tsunami de lama que inundou a região Foto: Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Vista aérea das ruínas do vilarejo de Bento Rodrigues, destruído após orompimento da barragem de Fundão Foto: Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Casa em ruínas, abandonada após o tsunami de lama, em Bento Rodrigues Foto: Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Vista área de igreja atingida pelo tsunami de lama que inundou Bento Rodrigues Foto: Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Vista da igreja principal na cidade de Barra Longa, atingida pela lama da barragem de Fundão, até a altura indicada nas suas paredes. A barragem conti... Foto: Dida SampaioMais
Mariana dois anos depois
Escola abandonada emBento Roidrigues, vilarejo de Mariana, após ser destruída pelo tsunami de lama Foto: Fabio Motta
Mariana dois anos depois
Ruína de casadestruída pelo tsunami de lama em Bento Rodrigues Foto: Fabio Motta e Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Ruínas de casa em Bento Rodrigues, após a passagem do tsunami de lama Foto: Fabio Motta e Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
O casal Luiza e Caetano retrona a sua casa destruída pelo tsunami de lama que inundou o vilarejo de Paracatu de Baixo, em Mariana Foto: Fabio Motta
Mariana dois anos depois
Romeu Geraldo de Oliveira retorna a sua antiga casa, atingida pelo tsunami de lama que inundou ovilarejode Paracatu, em Mariana Foto: Fabio Motta e Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Marinalva dos Santos Salgado visita as ruínas da casa que pertencia ao seu pai, destruída pela lama que invadiu o vilarejo de Bento Rodrigues Foto: Dida Sampaio
Mariana dois anos depois
Vista aérea da Foz do Rio Doce, localizada em Regência, Espírito Santo. A enxurrada de rejeitos de mineracao, proveniente do rompimento dabarragem de ... Foto: Dida SampaioMais
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O objetivo é obrigar as empresas Samarco, Vale e BHP a repararem os direitos violados dos atingidos pelo desastre em novembro de 2015. Um acordo com diversas medidas foi assinado em outubro de 2017, mas em março deste ano foi pedido o complemento de R$ 5.477.850,04 para fazer o cadastro devido à necessidade de vistoria técnica nas propriedades e ao aumento no número de vítimas identificadas.
O dinheiro sairá dos R$ 300 milhões bloqueados das companhias. A decisão favorável, anunciada agora, é da 2ª Vara da Comarca de Mariana e foi proferida na última quarta-feira, 9. Segundo o MP, a falta de recursos paralisou o cadastramento a partir do dia 27 de abril prejudicando centenas de famílias.
Divergência. As empresas envolvidas defendiam que o cadastramento fosse realizado pela Fundação Renova, mas alegando que haveria prejuízos às vítimas, o Ministério Público conseguiu que ficasse por conta de outra entidade, a Cáritas. De acordo com o MP, a base de dados da Renova apontava 500 famílias vitimadas. Já o trabalho da Cáritas identificou 830 núcleos familiares atingidos, totalizando cerca de 3 mil vítimas somente em Mariana.
Em sua decisão, a juíza de Mariana Marcela Oliveira Decat de Moura diz que o cadastramento não pode parar, pois é "essencial para a indenização integral dos atingidos”.
A Samarco foi procurada pela reportagem, mas afirmou que a empresa não irá se pronunciar sobre o caso.