Liberdade sindical acabou, diz representante dos lixeiros

Segundo sindicato, liminar que obriga as empresas a atenderem os contratos de coleta de lixo na cidade é uma forma de intervir na greve dos lixeiros

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A liminar que obriga as empresas concessionárias Ecourbis e Loga a atenderem os contratos de coleta de lixo na sua totalidade, concedida pela Justiça na sexta à noite a pedido da Prefeitura de São Paulo, é "uma forma de intervir no movimento" de greve dos lixeiros, segundo Moacyr Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco). "A liberdade sindical praticamente acabou", disse ele. Apesar da restrição, a greve continua. "Nós estamos atendendo à determinação judicial, de manter 70% do serviço. Por ser serviço essencial, nós até concordamos, apesar de achar o número exagerado", disse Pereira. O encerramento da greve depende somente das negociações com empresas e Prefeitura, segundo o presidente da Siemaco. Na segunda-feira, 16, haverá audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). "Espero que amanhã consigamos sensibilizar o segmento patronal para aumentar um pouquinho o salário e diminuir um pouco a cobrança (sobre os funcionários) do convênio", afirmou Pereira. As reivindicações da categoria são reajuste salarial de 12%, convênio médico gratuito, além de fornecimento de lanche e protetor solar. O representante dos lixeiros em greve ainda critica a atuação da Prefeitura e das empresas de coleta nas negociações com os trabalhadores: "Nós não queríamos a greve. Ela é desgastante para a gente e nós não queremos prejudicar a população. Nós fomos empurrados à greve pelas empresas e Prefeitura, que não tiveram boa vontade. Estamos em negociação desde janeiro e eles não cederam em nada".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.