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Mãe pedirá empréstimo para translado de corpo de brasileiro

Polícia britânica informa a família sobre investigação de assassinato, diz Benildes

Por Agencia Estado
Atualização:

A professora Benildes Antônia Altoé Pariz, 50 anos, mãe do brasileiro assassinado em Londres na semana passada, disse nesta quinta-feira que vai pedir um empréstimo para pagar pelo traslado do corpo do filho, Acioli Pariz Júnior, de 29 anos. Ela contou que desistiu de pedir ajuda ao governo brasileiro ou a políticos depois de ter uma solicitação negada pela equipe do senador Renato Casagrande (PSB-ES). A estimativa do custo com o transporte do corpo de Londres a Jaguaré é de R$ 20 mil. "Disseram que isso é com a família e que não podem ajudar. Não vou pedir mais nada a ninguém. Vamos conseguir um empréstimo", disse Benildes. A liberação do corpo só deve acontecer depois de concluída a fase de investigação do crime. O prazo dado pela polícia britânica para a família de Acioli foi de três semanas. "Os acusados podem pedir uma nova perícia no cadáver. Se o corpo não estiver mais em Londres, isso pode prejudicar o processo", explicou a mãe da vítima. "Quem já esperou até hoje espera o tempo que for preciso, para que isso não aconteça com outras pessoas". Benildes disse também que outro filho, Jalber Pariz, viajará para a Inglaterra, provavelmente na próxima segunda-feira. Ele vai acompanhar as investigações a pedido da polícia britânica. A professora contou que um policial inglês tem mantido contato com a família, mas Benildes ainda não tinha conhecimento sequer da identidade do suspeito do assassinato. "Soube desde quarta-feira que havia um suspeito. Mas o policial que conversa comigo não passou nada de concreto", explicou. Católica, Benildes tem se apegado à religião para suportar a perda do filho. "Estou sentindo muita dor, mas a gente vai se conformando. Nossa família é muito católica, tem muita gente rezando por nós", disse ela ao Estado. Benildes descreveu o filho como uma pessoa "alegre" e "simpática", que jamais mencionou qualquer problema durante sua permanência na Inglaterra. "Não tenho a menor idéia do que pode ter acontecido. Não sei de nada".

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