PORTO ALEGRE - A Justiça do Rio Grande do Sul ouviu mais seis testemunhas do caso Bernardo Boldrini nesta quarta-feira, 10, em Frederico Westphalen. Todas foram arrolados pela defesa de Evandro Wirganovicz, acusado de cumplicidade com o casal Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, e a irmã, Edelvânia Wirganovicz, na execução do plano para matar o garoto.
Vizinhos e colegas de trabalho do réu, que é motorista, relataram que ele tinha bom comportamento e disseram que o terreno onde o corpo do menino foi encontrado fica em um matagal de solo arenoso e cheio de pedras, no qual é fácil cavar um buraco. Ressaltaram, no entanto, que só ficaram sabendo que uma cova rasa havia sido aberta no local quando o caso foi divulgado pela imprensa, depois da descoberta do cadáver.
Bernardo sumiu da casa da família, em Três Passos, no dia 4 de abril, e seu corpo foi encontrado dez dias depois, em Frederido Westphalen, a 80 quilômetros. A polícia e o Ministério Público acusaram o pai, Boldrini, a madrasta, Graciele, e os irmãos Wirganovicz e Edelvânia como responsáveis pelo crime. Todos estão presos. Boldrini e Wirganovicz alegam inocência. Graciele admite que o menino morreu quando estava com ela, mas diz que a causa foi ingestão acidental de medicamentos em excesso. Edelvânia reconhece ter ajudado a amiga, mas nega participação no "evento morte".
O processo está na fase dos depoimentos das testemunhas da defesa. Não há data estabelecida para o julgamento.