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Manifestantes queimam bandeira do Brasil em ato contra Copa em Fortaleza

Cerca de 30 estudantes participaram do protesto na Avenida Beira-Mar

Por Lauriberto Braga
Atualização:

FORTALEZA - A manifestação deste sábado, 22, em Fortaleza contra a realização da Copa do Mundo terminou com a queima da bandeira do Brasil. Cerca de 30 estudantes atearam fogo sob vaias dos frequentadores do calçadão da Avenida Beira-Mar. O protesto acabou sendo contido pela Polícia Militar (PM), que recolheu a bandeira que estava sendo queimada, em frente ao Monumento do Interceptor Oceânico, na Praia do Náutico.

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Manifestantes com rostos cobertos gritaram palavras de ordem contra a PM. "A bala de polícia para a favela não é de borracha. A bala da polícia para a favela mata", entoaram. Eles insultaram ainda os PMs colocando as faixas contra a Copa no Brasil nas proximidades das viaturas estacionadas na Beira-Mar. Ninguém foi preso e não houve registro de confronto mais violento.

O ato contra a Copa em Fortaleza começou sem conflito com a distribuição de panfletos em frente ao Jardim Japonês, ainda na Beira-Mar. O papel que os manifestantes distribuíram para os praticantes de cooper dizia que "um povo consciente é o maior medo de um governo mal intencionado".

"Não temos saúde, escolas, direitos e transporte público", destaca o panfleto, recebido e lido pelas centenas de pessoas que passeavam pela Beira-Mar.

O manifesto questiona o gasto de R$ 33 bilhões para a Copa no Brasil. "O que ganhamos?", perguntam os manifestantes. E eles tentam responder: "Prostituição infantil, remoções, agravamento da dívida externa e submissão às exigências da Fifa". O manifesto termina com uma provocação: "Copa pra quem?".

A manifestação feita por três dezenas de estudantes do movimento Intervenção Anarquista foi acompanhada pela Cavalaria, pelo Batalhão de Choque e pela Polícia do Turista.

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