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Marta retoma obras do fura-fila de Pitta

Por Agencia Estado
Atualização:

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), assinou nesta terça-feira no Parque D. Pedro a ordem de serviço para a retomada das obras do Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), antigo fura-fila, que foi remodelado e batizado de Paulistão. Em um mês, a avenida do Estado terá vários pontos interditados, a exemplo do que ocorreu durante boa parte da gestão do ex-prefeito Celso Pitta (PSL). Na época, as interdições provocaram congestionamentos diários na avenida, principal ligação da capital com o ABC. A São Paulo Transporte (SPTrans) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já estão estudando o impacto das obras no trânsito da área. Os técnicos estão montando um plano para evitar maiores prejuízos aos motoristas e moradores da região. De acordo com o secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, o primeiro trecho da obra, entre o Parque D. Pedro e o Sacomã, ficará pronto em 18 meses. Posteriormente, a Prefeitura vai construir o segundo trecho, que vai até São Mateus, passando pelo terminal da Vila Prudente. A previsão do custo total do VLP é de R$ 382 milhões. Pelos cálculos da Prefeitura, para a construção do primeiro trecho, Pitta, em números atualizados, gastou R$ 138,37 milhões para realizar as estruturas do VLP e cerca de 2 quilômetros de linha. Marta prevê gastar mais R$ 132,54 milhões para terminar a primeira etapa. Boa parte do investimento será financiado pelo BNDES. ?Estamos economizando, colocando uma tecnologia mais avançada e isso vai garantir o acesso à região central da população da zona leste?, disse Zarattini. A Prefeitura pretende utilizar nos corredores do Paulistão um ônibus elétrico que gera sua própria energia de tração por intermédio de motor que pode ser movido a gasolina, diesel, gás ou outro tipo de combustível. O VLP vai circular por um pequeno trecho elevado, para aproveitar os pilares instalados na avenida na gestão Pitta. O Paulistão fará parte do chamado subsistema estrutural, com tarifa equivalente à dos ônibus. O presidente da CET, Francisco Macena, disse que a empresa está fazendo um estudo para acabar com as quatro faixas solidárias da cidade, restritas a automóveis com mais de dois passageiros. ?A faixa tem capacidade para 800 a mil carros por hora. Tem faixas com 400 veículos. É a metade?, disse. De acordo com Macena, a faixa ?não pegou? porque o brasileiro não tem o costume de oferecer carona e, hoje em dia, é difícil conciliar destinos e trajetos. ?É cultural. As pessoas não gostam de dar caronas. Além disso, antes elas iam de casa para o trabalho e vice-versa. Hoje vão do serviço para outros lugares e fica difícil combinar carona.?

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