Máscaras de Cabral são aposta para Carnaval de rua no Rio

Após onda de "Zé Dirceus" e "Paloccis", agora é a vez do governador desfilar

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Por Agencia Estado
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O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), juntou-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, entre as máscaras mais procuradas pelos foliões que desfilam nos blocos de rua. Nos anos anteriores, os escândalos políticos haviam provocado uma febre de "Zé Dirceus", "Paloccis" e "Robertos Jefferson". Agora os ex-deputados envolvidos no escândalo do mensalão estão encalhados nas prateleiras. "O governador Cabral é a vedete do Carnaval deste ano", disse à Reuters o empresário espanhol Armando Valles, dono de uma pequena fábrica no Rio, com 15 funcionários que já produziu quatro mil máscaras do governador. "A gente sempre busca personalidades em evidência para fazer os modelos, e dessa vez os pedidos são por ele", acrescentou Valles, que tem capacidade de produzir mil máscaras por dia. Desde que substituiu Rosinha Garotinho, o governador fluminense obteve muita visibilidade por causa da segurança pública e dos Jogos Pan-Americanos, diversas vezes em eventos ao lado de Lula no Rio e em Brasília. Valles pretendia lançar também máscaras de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho neste Carnaval, mas não obteve permissão dos representantes dos jogadores. "Entramos em contato através da internet, mas ninguém nos respondeu. Até acredito que não haveria nenhum problema, mas achei melhor guardar os modelos para uma outra ocasião", afirmou. O espanhol destina o trabalho do ano inteiro quase que exclusivamente para os dias de Carnaval. Para 2007, ele terá 200 mil máscaras à venda, em lojas especializadas e magazines, com preço entre R$ 6 (Lula e Cabral) e R$ 17 (monstros). Para o Carnaval da Espanha, Valles recebeu este ano um pedido inusitado: 10 mil máscaras de prostitutas, metade de louras e metade de morenas.

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