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Militar reformado é morto em tiroteio com a polícia no Rio

Cabo da Aeronáutica reformado seria um dos seguranças de mulher de traficante

Por Agencia Estado
Atualização:

O cabo da Aeronáutica Eduardo Dias Domingues, de 44 anos, morreu baleado na madrugada deste domingo, 29, nas imediações da favela Vila Vintém, em Padre Miguel, zona oeste do Rio. De acordo com a Polícia Civil, ele e um homem identificado como Evandro Marques, de 19 anos, integravam um grupo armado que teria trocado tiros com uma guarnição do 14º Batalhão de Polícia Militar (Bangu), em patrulhamento de rotina na região. Os dois foram baleados e levados para o Hospital Albert Schweitzer (Realengo) onde morreram. Domingues era cabo reformado e seria um dos seguranças da mulher do traficante Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, que está preso desde maio de 2002. De acordo com o registro de ocorrência da 33ª Delegacia de Polícia, a polícia encontrou com eles duas pistolas, três carregadores, 112 trouxinhas de maconha e um rádio transmissor. Uma das armas estava modificada e tinha poder de fogo semelhante ao de uma submetralhadora Uzi, de fabricação israelense. O Estado tentou entrar em contato com o 3º Comando Aéreo Regional (Comar) da Aeronáutica, mas não obteve sucesso. O envolvimento de membros das Forças Armadas no tráfico não é comum no Rio, mas, nos últimos anos, armamentos do Exército sumiram e foram encontrados em favelas da cidade. Em dezembro de 2005, um fuzil que havia desaparecido do Primeiro Depósito de Suprimento do Exército, em Triagem (RJ), foi encontrado pelo Exército na favela Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, junto com o carregador e a munição. Na época, as investigações do Comando Militar do Leste concluíram que o sentinela que usava o fuzil, de nome não divulgado, tinha ligação com traficantes de drogas. Em dois anos (2004 e 2005) desapareceram nove armas do Exército no Rio de Janeiro. No ano passado, o Ministério Público Militar acusou formalmente sete pessoas pelo roubo de dez fuzis e uma pistola do Estabelecimento Central do Exército, em São Cristóvão (zona norte do Rio). De acordo com a acusação, o destino das armas seria a boca-de-fumo de uma favela. Onze dias após o roubo, o Comando Militar do Leste informou ter encontrado os fuzis em uma trilha em São Conrado, junto à favela da Rocinha, na zona sul.

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