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Promotoria manda mineradora fazer obras emergenciais em barragem que restou

Única estrutura que se manteve em pé terá de passar por obras para aumentar segurança

Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - O Ministério Público de Minas Gerais emitiu neste sábado, 7, recomendação à empresa Samarco que realize obras emergenciais na barragem de Germano, que pertence ao mesmo complexo das duas estruturas que se romperam na quinta-feira liberando rejeitos de minério de ferro que inundaram o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.

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A Germano é ainda maior que as duas barragens que vieram abaixo, Fundão e Santarém. A decisão foi tomada em reunião encerrada há pouco entre técnicos do Ministério Público e órgãos ambientais.

No encontro, conforme o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público, foi descartada a possibilidade de abalos sísmicos terem provocado a queda da barragem. "As primeiras informações técnicas são no sentido de que isso não ocasionou a ruptura da estrutura", disse. Duas horas antes do rompimento das duas barragens, o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB) acusou a ocorrência de onze abalos na região de Mariana, com magnitudes entre 2,5 e 2,7 graus.

Um inquérito civil público foi aberto pela promotoria na quinta-feira, dia do desastre. A linha de investigação adotada é no sentido de irregularidades técnicas nas barragens. As apurações visam também comprovar se a Samarco seguia plano de evacuação da região em caso de acidentes, que inclui, por exemplo, aviso sonoro.

Testemunhas já arroladas pelo Ministério Público dizem que não houve esse tipo de comunicação. O inquérito tem 30 dias para ser concluído. A assessoria da Samarco não retornou contato feito pela reportagem.

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