Morre jovem envolvido em colisão em faixa exclusiva para motos, em SP

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O colaborador do Estado Bruno Cavaglieri Neto, de 21 anos, morreu ontem à tarde no Hospital das Clínicas, em decorrência de politraumatismo. Na quinta-feira, ele sofreu um acidente de motocicleta na faixa exclusiva para motos da Avenida Sumaré, em Perdizes, zona oeste da capital. O corredor foi foi criado para aumentar a segurança dos motociclistas. Cavaglieri Neto pilotava sua Yamaha 125cc no faixa exclusiva quando, segundo testemunhas que preferiram não se identificar, a advogada Iolanda de Salles Freire, de 27 anos, que dirigia um Fox, tentou uma conversão proibida, à esquerda, cruzando o corredor de motocicletas. O rapaz não conseguiu frear, se chocou contra o carro e foi lançado contra um poste. Iolanda nada sofreu. O presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), advogado Cyro Vidal, afirma que a falta de fiscalização na avenida contribuiu para a ineficiência da faixa exclusiva. A ausência de agentes de trânsito ao longo do corredor, explica Vidal, estimula os motoristas a tentarem a conversão feita por Iolanda, segundo testemunhas. "No trânsito você precisa ter três coisas: planejamento, execução e fiscalização. O terceiro item quase que não existe. Então, pode escrever aí: ?sem fiscalização, nós teremos mais acidentes e mais mortes nesse corredor?", disse. A reportagem pediu à CET os números de acidentes registrados na faixa exclusiva de motocicletas da Sumaré, mas o órgão não respondeu. Ontem, a companhia deslocou dois marronzinhos para o local onde Cavaglieri Neto sofreu o acidente. O presidente da Comissão de Trânsito da OAB afirma que, com os vistores, a faixa, inaugurada em 2006, é positiva. TESTEMUNHAS O caso foi registrado no 23º DP como lesão corporal culposa (sem intenção). Até ontem, porém, a polícia não havia ouvido nenhuma testemunha. A advogada também não tinha prestado depoimento. "Com a morte do motociclista, foi instaurado inquérito policial", disse a delegada-assistente Renata Corrêa. "Na semana que vem vamos sair a campo à procura de testemunhas do acidente. E vamos aguardar o laudo da perícia para podermos chegar a uma conclusão." Anteontem, o advogado de Iolanda preferiu não comentar o caso. Ontem à noite, Iolanda não foi localizada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.