
Rafael Moraes Moura / BRASÍLIA, O Estado de S.Paulo
16 Outubro 2010 | 00h00
A ausência de Weslian fez o debate da Band, anteontem, virar entrevista com o petista Agnelo Queiroz. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-ministro do Esporte criticou a decisão da adversária: "Acho lamentável que ela não apareça. Não é consideração com o eleitor."
Em carta enviada à emissora, Weslian alegou que a disputa no DF ocorre em cenário de "insegurança jurídica" e "sistemática campanha difamatória contra Joaquim Roriz". Horas antes do debate previsto na Band, Weslian foi entrevistada ao vivo no DFTV, telejornal da TV Globo.
Na ocasião, afirmou que "técnicos" resolverão os problemas de Brasília e não soube detalhar propostas de governo. "Eu não participei dele, do plano de governo, porque a minha decisão foi imediata para ser candidata."
Desde que foi catapultada à disputa ao Palácio do Buriti, a nove dias do primeiro turno, Weslian participou de debates na TV Globo e no SBT. Virou "hit" na internet após a sucessão de gafes cometidas ao vivo - chegou a dizer que defende "toda aquela corrupção", para logo depois corrigir-se.
Transparência. Em entrevista na TV Bandeirantes, o candidato do PT, Agnelo Queiroz, disse que criará uma secretaria especial para investigar o próprio governo, caso seja eleito. A palavra "transparência" foi incorporada ao vocabulário político brasiliense, após a revelação do "mensalão do DEM".
"Vivemos a pior crise política, ética, moral da história do DF. Temos obrigação de verificar a situação de todos os contratos para permitir que o DF retome a sua credibilidade", afirmou o candidato.
Segundo Agnelo, a "secretaria especial de transparência" ficará isenta de ligação partidária, comprometida em fazer "investigação rigorosa" em todos os órgãos. "Seremos absolutamente transparentes", disse. Mais tarde, ao falar com repórteres, explicou que o órgão reunirá controladoria, ouvidoria e corregedoria, com "carta branca" para fiscalizar todas as áreas.
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