Mulher grávida é baleada na cabeça e bebê está na UTI no Rio

Médicos tiveram que antecipar o parto pelo estado de saúde da vítima, que foi operada para retirada da bala

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Por Pedro Dantas
Atualização:

Uma criança nasceu após a mãe grávida de sete meses ser baleada na cabeça no bairro de Fonseca, em Niterói, região metropolitana do Rio. Samantha Fraga Pinto, de 21 anos, estava em uma lan house quando um carro passou atirando contra a loja onde estavam um policial e um bombeiro. Ela foi atingida por uma bala perdida no crânio e levada para o Hospital Universitário Antônio Pedro. Os médicos decidiram fazer uma cesariana para retirar o bebê. A criança passa bem, mas o estado da mãe é grave. De acordo com o hospital, o projétil foi extraído do lado direito do crânio de Samantha, que está sedada e respira com a ajuda de aparelhos na UTI . Os médicos não descartam a hipótese dela ficar com seqüelas. O bebê, um menino, nasceu após 31 semanas de gestação. Segundo os médicos, a criança está na UTI Pré-Natal porque é prematuro, mas respira sem o auxílio de aparelhos e o estado de saúde dele é considerado ótimo. Samantha estava casada há dois anos com o rodoviário Cesar da Cruz Oliveira, de 26 anos, e iria prestar vestibular para informática. O marido estava inconsolável e não conseguiu dar declarações. No momento em que foi atingida, ela estava acompanhada por dois primas que nada sofreram. "Ela ia fazer o chá de bebê em setembro, quando completaria 8 meses de gravidez. Ela foi na lan house mandar e-mails para convidar os amigos", contou Elionar Nascimento Pinto, tio da vítima. Os parentes estavam revoltados. "Não podemos mais sair na rua porque a violência atingiu um nível absurdo", lamentou o eletricista Edilson Silva Santos, de 36 anos, tio da vítima. Além da grávida, o policial militar Ronei Siqueira, de 33 anos, que seria o alvo dos atiradores e reagiu a tiros, também foi atingido por três tiros na barriga e nas pernas. Álvaro Ribeiro Neto, de 30 anos, dono da lan house, também foi atingido com um tiro no pé. Ambos não correm risco de vida. O caso foi registrado na 76ª Delegacia de Polícia do Centro de Niterói. A polícia investigará se o policial ou o bombeiro faziam a segurança do local e a motivação para os tiros dos criminosos. Atualizado às 19 horas

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