"Não existe possibilidade de intervenção em outros Estados", diz Marun

Ministro da Secretaria de Governo diz que intervenção no Rio e criação do Ministério Extraordinário da Segurança são "suficientes para começar a vencer o banditismo" no País

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Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou na manhã desta quinta-feira, 1, que o governo federal vai analisar possíveis pedidos de mais recursos por parte dos governadores, mas salientou que o objetivo da reunião do presidente Michel Temer, que ocorre daqui a pouco, é buscar planos de ações. "É uma reunião de mobilização, mas também vamos ouvir sugestões e reivindicações e não nos afastaremos desta discussão sobre recursos", afirmou. "Não fugiremos desta discussão de recursos", disse.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Ao ser questionado se o governo tem dinheiro para oferecer aos Estados, Marun afirmou que "tudo é questão de priorização". "Obviamente que essa é uma guerra que para ser vencida tem que contar com a participação de todos, mas a colaboração do governo vai existir também de forma concreta", completou. "Nem tudo é recurso, nós precisamos de atitudes", ponderou. 

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Marun afirmou ainda que as medidas "emblemáticas" tomadas até agora, como a intervenção na segurança do Rio de Janeiro e a criação do Ministério Extraordinário da Segurança "são suficientes para começar a vencer o banditismo". O ministro disse ainda que "não existe possibilidade de intervenção em outros Estados atualmente". 

Marun comentou ainda as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em entrevista ao jornal Folha de São Paulo afirmou que Temer foi alvo de um golpe por parte de Rodrigo Janot (ex-procurador-geral da República). "Até o Lula reconhece o óbvio, que houve uma conspiração asquerosa que tentou depor o presidente naqueles trágicos dias entre maio e novembro do ano passado", afirmou, destacando que Lula é um homem com "virtudes e defeitos". O ministro disse ainda que "conhece a lei" e que por ser condenado em segunda instância, o ex-presidente não pode concorrer à presidência. 

Sustentável. Marun participou nesta manhã de cerimônia de lançamento do Prêmio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) Brasil, no Palácio do Planalto. No evento, o governo deu posse ao Comitê de Instalação da Câmara Temática e divulgou o Plano de Ação da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em âmbito nacional.

As iniciativas fazem parte de um compromisso assumido em 2015, quando 193 países da Cúpula das Nações Unidas adotaram a "Agenda 2030". A ideia é criar planos de ação com objetivos globais envolvendo temas como a sustentabilidade, educação e direitos humanos para serem desenvolvidos ao longo de 15 anos. 

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Entre os objetivos de desenvolvimento sustentável traçados pela ONU estão: acabar com a pobreza em todas as suas formas; acabar com a fome e alcançar a segurança alimentar; alcançar a educação inclusiva; alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres e meninas; reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles, além de proteger, recuperar e promover o uso sustentável de ecossistemas.

O prêmio ODS Brasil, lançado hoje, reconhecerá e valorizará boas praticas locais que irão contribuir para o cumprimento das metas ODS e a melhoria da qualidade de vida da população.

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