'Não tinha nenhum santo', diz governador do AM sobre presos mortos

José Melo (Pros) destacou superlotação dos presídios e ressaltou dificuldade de gerir unidades

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Por Redação
Atualização:
Parte das vítimas foi enterrada nesta quarta-feira Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

O governador do Estado do Amazonas, José Melo (Pros), disse em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira, 4, que "não tinha nenhum santo" entre os 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. 

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Questionado se concordava com a afirmação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que a maior parte dos mortos não tinha ligação com facções criminosas, José Melo disse: "Eu não sei. Não posso fazer nenhum comentário sobre o que o ministro falou. O que eu sei te dizer é que não tinha nenhum santo. Eram estupradores, eram matadores que estavam lá dentro do sistema penitenciário e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas e que foi objeto disso".

"Ontem, como uma medida de segurança nós retiramos todos esses ainda que restaram: estupradores, ligados a essa outra facção e os segregamos em outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior", disse ainda o governador do Amazonas. 

O governador ainda destacou o problema da superlotação de prisões brasileiras como algo "comum a todos os Estados" e disse que com as penitenciárias superlotadas "é muito difícil fazer uma gestão adequada do ponto de vista administrativo".

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