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Nas linhas de cooperativa descredenciada, muita fila

Por Ana Carolina Moreno
Atualização:

Os quase 340 mil paulistanos transportados diariamente pela Cooperauhton se depararam ontem com linhas canceladas, vans improvisadas nos lugares dos ônibus, demora do serviço e veículos lotados. Anteontem, a cooperativa foi descredenciada pela Prefeitura, sob a justificativa de falta de segurança e manutenção irregular. Das 36 linhas, 16 foram atendidas pelo Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese). Foram 261 carros, mas o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, anunciou que, até o fim da semana, outros cem veículos reforçarão a frota, já que muitas linhas sofreram atrasos inesperados. "Foi horrível de manhã", contou a operadora de caixa Ana Paula de Oliveira, de 20 anos. Ela usa todo dia a Linha 6127/10 (Jardim Gaivotas-Shopping Morumbi) para chegar ao trabalho. Ontem esperou mais de meia hora pelo ônibus, que chegou lotado demais. "Tive que tomar dois ônibus para ir e agora mais dois para voltar", reclamou, na fila no Terminal Santo Amaro, na zona sul. O aumento da demanda por outras linhas também atingiu os microônibus. De acordo com o fiscal Deodoro Batista da Silva, a linha 6115 (Jardim Cocaia/Cantinho do Céu-Santo Amaro) viu a demanda crescer mais de 15%. "Nessa hora não tem uma fila dessas", disse Silva, apontando para as mais de 40 pessoas esperando no ponto às 20 horas. Dentro do Terminal Santo Amaro, apenas um veículo do Paese apareceu entre 18h30 e 20 horas. Uma van com o letreiro escrito à mão anunciando a Linha 527-R (Vila Império - Real Parque), até a semana passada operada pela Cooperauhton, passou por lá às 19h50. De acordo com a SPTrans, sete linhas das áreas 6 e 7 serão desativadas até sábado, e sete serão criadas. Outras 12 sofrerão alteração no nome e itinerário. Das 36 linhas da Cooperauhton, pelo menos 16 serão operadas definitivamente pela Cooperpam, cooperativa do consórcio Auhtopam. As demais devem ser divididas entre os consórcios Sete e Unisul.

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