Atualizada às 19h26
RIO - De 2009 a 2014, a população brasileira viu diminuída a oferta de delegacias de polícia em 8%. Eram 4.660 há seis anos; em 2014, 4283. As explicações para o fechamento de unidades seriam a falta de recursos dos Estados para mantê-las e também a aposentadoria dos agentes. Outro dado levantado é o efetivo de policiais militares e civis por habitante. A média nacional é de um PM para cada 473 cidadãos e um agente para cada 709. O morador do Maranhão é o menos coberto, com um PM para cada 881 pessoas. No Distrito Federal, a razão é de um para 194.
Para o pesquisador Claudio Beato, da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha estabelecido em 1 para 250 cidadãos a razão ideal entre policial e população, esse número não existe. O que há, afirma, é a necessidade de distribuir esses policiais de forma mais inteligente.
"Existe muito desvio de função, e os policiais não são alocados nos horários de maior incidência de crimes, que são os fins de semana e madrugadas", declarou.
A presença de Guardas Municipais foi verificada pelos técnicos do IBGE em 14,1% das cidades em 2006. O porcentual havia passado para 19,4% em 2014. Com relação aos investimentos na garantia do respeito aos direitos humanos, a publicação mostra que, de 2009 a 2014, quase dobrou o número de municípios que apresentam estrutura específica para essa área. Todas as unidades da Federação dispõem de um órgão estadual para o setor.
Apenas 6,8% das cidades têm unidades de cumprimento de medidas socioeducativas para menores infratores, o que faz com que os jovens fiquem longe de suas famílias em muitos casos. A pesquisa aponta também que 14,9% dos municípios não têm nenhum órgão responsável por receber, registrar e acompanhar denúncias de violação de direitos humanos, como ouvidorias e serviços de defesa do cidadão.