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Papa Francisco aceita exoneração de bispo que não denunciou pedofilia

Pontífice acatou pedido de clérigo americano que confessou não ter prestado queixa sobre referendo acusado de envolvimento em casos de abuso de crianças

Por ASSOCIATED PRESS
Atualização:

Kansas City - O Papa Francisco aceitou nesta terça-feira, 21, a exoneração de um bispo dos Estados Unidos que confessou culpa ao não dar queixa de um reverendo suspeito de abusar de crianças, mesmo tendo ouvido pedidos das vítimas para tomar uma atitude contra bispos que encobrem padres pedófilos. 

O bispo Robert Finn, que liderou a Diocese de Kansas City-St Joseph, em Missouri, por quase 10 anos, renunciou sob a lei cânone, que permite que os bispos renunciem ou por doença ou por uma razão "grave" que os torna inadequados ao ofício. Mas sua exoneração não trouxe uma razão específica. 

Papa faz seu dicurso no Vaticano Foto: Riccardo de Luca/AP

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Para Finn, de 62 anos, ainda faltariam 13 anos para a aposentadoria normal, aos 75 anos. 

Em 2012, Finn confessou culpa por uma acusação de má conduta, ao falhar em denunciar uma suspeita de abuso, e foi sentenciado a dois anos de condicional, transformando-o no oficial da igreja de nível mais alto nos Estados Unidos a ser condenado por não tomar uma atitude em resposta às alegações de abuso. 

Promotores dizem que a Diocese não notificou a polícia antes de seis meses depois de as suspeitas serem levantadas em 2011 com relação ao reverendo Shawn Ratigan, cujos computadores foram encontrados com centenas de fotos obscenas de meninas. Desde então, Finn enfrentou pressão para renunciar. 

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