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Paulista terá parada gay, mas Marcha para Jesus é vetada

Decisão de limitar eventos na avenida é da prefeitura e do Ministério Público

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público do Estado de São Paulo e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) assinaram, na terça-feira, 10, um termo que prevê apenas três grandes eventos por ano na Avenida Paulista, no centro da capital paulista De acordo com a assessoria da prefeitura, os eventos escolhidos foram a Corrida de São Silvestre, o réveillon e a Parada do Orgulho GLBT. Com a decisão, a Marcha para Jesus, organizada pela igreja Renascer em Cristo, e a comemoração do Dia do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT) não poderão ser realizados na avenida. Segundo a assessoria da São Paulo Turismo, a seleção considerou principalmente a tradição do evento e a necessidade de montagem de palco. Quanto ao fato de terem escolhido a parada gay no lugar da Marcha para Jesus e da comemoração do Dia do Trabalho a prefeitura afirmou que o evento GLBT, além de ter nascido na Paulista, não precisa de palco, enquanto os outros dois precisam, o que complica o trânsito e ainda atrapalha o acesso de pacientes e funcionários de hospitais instalados na região. "O réveillon precisa de palco, mas é montado no final do ano, com a cidade mais vazia. E a São Silvestre é no mesmo dia", declarou o presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho. Em 2006, a Parada do Orgulho GLBT, a Renascer e a CUT assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a abandonar a Paulista neste ano. Porém, a prefeitura voltou atrás em relação à parada. Anteriormente, a idéia era achar um outro lugar para a realização do evento.

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