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Pérola Negra abre segunda noite de desfiles em São Paulo

Escola animou o público que lotou o Anhembi, mas teve problemas em dois carros

Por Agencia Estado
Atualização:

A escola Pérola Negra, fundada no bairro da Vila Madalena, inaugurou o segundo dia do desfile de São Paulo levantando as arquibancadas com o enredo Venda como arte, comércio como sua principal representação. Os carros alegóricos da escola estavam simples, mas bem-acabados. A comissão de frente da escola saiu com cada componente segurando um remo, em alusão às transações comerciais marítimas do passado. O samba-enredo da escola pareceu agradar o público presente no Anhembi. "Eu gostei da letra, agora quero ver os carros", disse Julia Moraes, estudante de 15 anos, que cantava lendo a letra do samba. Empolgada na avenida, os integrantes da Pérola Negra desfilavam com um samba na ponta da língua. A escola entrou às 22h40, cinco minutos antes do previsto, animada, pedindo ao público garra e vibração, para permanecer no grupo especial, onde não desfilava desde 2001. O público respondeu. Mas o segundo carro teve problemas, quebrou na concentração, e entrou atrasado, quase na mesma hora em que o abre-alas saía da passarela. Durante o desfile, os componentes da escola tiveram de ajeitar a altura dos três bonecos do abre-alas que carregavam uma pérola negra, mas esbarravam em caixas de som colocadas na pista. Apesar da desespero de muitos membros da escola, o segundo carro alegórico teve seu problema resolvido e entrou no meio do desfile. A escola não deve perder pontos por isso. A platéia do sambódromo já entrou no embalo da primeira escola a desfilar. Aplaudia desde mestre-sala e porta-bandeiras, bateria até o rei momo e a rainha do carnaval, mais animado do que na véspera. O primeiro carro alegórico veio com várias mulheres nuas ao lado de bonecos com os braços estendidos segurando três pérolas negras e fazendo referência à venda, à entrega de venda. As fantasias tinham bastante detalhes, coloridas e delicadas, com muitas flores e adereços. Alas representando o oriente com comerciantes de turbantes dourados, alas com navegantes portugueses, e, a exemplo de outras escolas da noite anterior, índias, girassóis, araras, tucanos e onças. Abusando na criatividade no tema, alas faziam referência ao comércio do sexo, de drogas e de pirataria. A ala dos CDs piratas era formada por passistas fantasiadas de piratas com plumas negras repletas de CDs, e abria espaço para uma caravela prateada, com piratas e CDs pendurados por todo o barco. Texto atualizado às 0h05

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