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Petistas e tucanos causam tensão em Diadema

Por Flavia Tavares
Atualização:

A agenda da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, começou ontem em Diadema. Às 10h30, ela chegou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao centro da cidade no ABC paulista, onde centenas de militantes os esperavam. A primeira-dama Marisa Letícia, a senadora eleita Marta Suplicy e o candidato derrotado ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante também compareceram.Várias faixas de conteúdo religioso estavam espalhadas pela praça e lideranças locais de evangélicos, católicos e religiões afro-brasileiras foram demonstrar seu apoio à petista. A carreata transcorria bem, com um sorridente presidente Lula e com Dilma usando uma camiseta com a estrela do PT festejando com sua militância. Até que em um movimentado cruzamento da cidade, a carreata petista se deparou com uma carreata do PSDB - embora o candidato tucano, José Serra, estivesse em Araraquara, no interior de São Paulo, a quase 300 quilômetros dali.Para evitar um confronto maior, o carro de som pedia que os petistas se concentrassem em uma praça e deixassem os adversários passar. A grande maioria obedeceu. Um pequeno grupo de militantes do PT foi até os tucanos para organizar a saída deles do local e houve um princípio de tumulto. Dos dois lados, manifestantes mais exaltados falavam alto e ameaçavam, mas foram apaziguados. Não houve confronto físico e, depois de uns dez minutos de tensão, os próprios militantes de Dilma formaram um cordão de isolamento humano para, com a ajuda da Polícia Militar, isolar uma faixa da avenida para que os carros do PSDB passassem. Nenhuma ocorrência foi registrada.O presidente Lula e Dilma Rousseff não fizeram nenhum pronunciamento e seguiram para Carapicuíba. Perguntado sobre o que achava das denúncias da revista Veja desta semana, que envolvem o chefe de seu gabinete, Lula apenas disse: "Não li a Veja nem ontem nem hoje".

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