PF prende empresário e auditor da Receita por corrupção

Operação Minotauro apreende documentos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e em São Paulo

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Por Eduardo Kattah
Atualização:

Agentes da Polícia Federal apreenderam nesta quarta-feira documentos na residência do empresário Agostinho Nogueira dos Santos, na região centro-sul de Belo Horizonte, como parte da Operação Minotauro. De posse de 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Guarulhos (SP), os policiais estiveram pela manhã no apartamento do empresário, no bairro Anchieta. Outros mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Bebedouros, no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Agostinho não foi encontrado e acabou sendo preso no Rio de Janeiro, onde também estavam sendo realizadas ações da operação. O empresário cumprirá prisão temporária de cinco dias e poderá responder por crimes de facilitação de contrabando ou descaminho, corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha, entre outros. Conforme a PF, a documentação apreendida seria submetida à análise e perícia técnica e encaminhada para São Paulo, base das investigações. Além de um auditor, foram presos a ex-mulher dele, que revendia mercadorias retiradas do aeroporto no interior do Estado de São Paulo, funcionários responsáveis pelo depósito da loja em Guarulhos e um diretor da empresa. As prisões temporárias valem por um período de cindo dias, ao final do qual será avaliada a necessidade de convertê-las em preventiva ou não. Os presos responderão por crimes de facilitação de contrabando ou descaminho, corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha, além de outros que forem comprovados até o final das investigações. A operação resulta de investigação realizada há mais de três meses, onde foi descoberto que um fiscal da Receita Federal, que deveria fiscalizar a empresa exploradora de lojas francas em aeroportos brasileiros, recebia graciosamente mercadorias importadas sem impostos para que fossem comercializadas por este. Suspeita-se que as mercadorias eram dadas ao fiscal em troca de facilidades que este propiciava à empresa no exercício de sua fiscalização.

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