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Pit bull terá de usar chip em Minas

Belo Horizonte prevê até multa para dono que abandonar animal na rua

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Por Redação
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A prefeitura de Belo Horizonte iniciou ontem a implantação de microchips eletrônicos em cães da raça pit bull, com o objetivo de evitar o abandono indiscriminado dos animais e tornar mais ágil e eficaz a recaptura dos que se percam ou fujam. Do tamanho de um grão de arroz, o chip é aplicado sob a pele do cão por meio de uma seringa. A implantação é gratuita e os dispositivos armazenam informações sobre o proprietário, responsável legal pelo animal, além de dados como local de nascimento do pit bull, histórico de cirurgias e vacinas. Conforme a prefeitura, todos os donos de cães da raça pit bull devem registrar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses até sexta-feira. Aproximadamente 2.200 pit bulls foram cadastrados na capital mineira. O Executivo municipal adquiriu seis mil chips. "Se tem um cão na rua, já cadastrado, e ele for recolhido, nós vamos rapidamente identificar o proprietário que de alguma forma negligenciou o controle", observou o secretário municipal de Saúde, Helvécio Magalhães. O Corpo de Bombeiros registrou aumento de 123% no número de pit bulls capturados nas ruas de Belo Horizonte somente no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Donos dos animais estariam abandonando os cães após ataques ou mesmo com receio de ataques. Na semana passada, foi publicada no diário oficial do Estado uma portaria que obriga o cadastramento de cães ferozes (pit bull, rottweiler e de outras raças). O proprietário que não cumprir as normas poderá ser multado e ter o animal apreendido. A portaria também prevê multa ao dono do cão em caso de ataques à pessoa. SENADO O Senado analisa um projeto de lei sobre a posse responsável de animais que obriga donos de cães perigosos a cadastrarem o animal num banco de dados nacional. O projeto prevê outras medidas, como o uso de focinheira quando o animal sai às ruas com o dono e instalação de muros altos nas residências onde vivem cães perigosos. ASSEMBLÉIA DE SP A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo também discute projeto de lei que define medidas para reduzir a procriação indiscriminada dos cães dessa raça. Ontem, deputados e representantes da sociedade civil realizaram a primeira audiência pública para tratar do assunto. A proposta do deputado Feliciano Filho (PV) só permitiria a venda de "cães de grande mordedura", como pit bulls e rottweiler, mediante castração. Apenas os criadores oficiais dessas raças estariam livres dessa obrigação. Desde o início do ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Capital recolheu cerca de 700 pit bulls. É quase o dobro dos 352 recebidos no ano passado inteiro e mais que o triplo dos 180 de 2005. EDUARDO KATTAH, SOLANGE SPIGLIATTI e HUMBERTO MAIA JUNIOR

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