Plano de ação contra o crack no Rio inclui palestra e internação

Três centros oferecerão 60 vagas para reabilitação de jovens; nas salas de aula, professores irão alertar alunos

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

A Prefeitura do Rio anunciou nesta terça-feira, 3, a abertura de 60 vagas de internação para meninos e meninas na zona oeste da cidade. Os três centros serão administrados pela Casa Espírita Tesloo, entidade que ganhou licitação aberta pelo executivo municipal. A medida faz parte do Plano de Ação Contra o Uso do Crack no Rio.

 

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O plano também prevê a capacitação de professores da rede pública para que possam identificar "mudanças de comportamento" dos alunos, conforme frisou o prefeito Eduardo Paes, durante o anúncio do programa. Os estudantes também vão aprender em sala de aula sobre o efeito destrutivo do crack.

 

Também será aberto um centro de atendimento para crianças e adolescentes dentro da cracolândia de Manguinhos, na zona norte, principal reduto de uso e venda desta droga na cidade. Os jovens poderão frequentar o lugar - tomar banho, se alimentar e até dormir -, sem que fiquem internados ou sejam obrigados a permanecer ali.

 

"Quando cheguei à secretaria, eu tinha na minha cabeça que era para pegar e internar mesmo. Mas quem está na rua, quem acompanha, sabe que um menino desses que não quer o tratamento, é capaz de destruir um abrigo, fazer uma rebelião. É preciso convencê-lo. Por isso a necessidade de um espaço intermediário, onde ele pode ser acolhido e ter o acompanhamento de psicólogas", afirmou o secretário de Assistência Social, Fernando William, durante o anúncio do projeto.

 

O centro com o novo modelo de atendimento foi batizado de Embaixada da Liberdade e está previsto para ser aberto no fim do mês. Além de Manguinhos, haverá outra casa nos mesmos moldes em Laranjeiras, na zona sul. Cada uma será preparada para 25 crianças e adolescentes. "Quando eles derem sinais de que aceitam o tratamento, serão encaminhados para os abrigos", frisou o secretário.

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