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PM que faz escolta do governador do RJ é baleado

Somente entre janeiro e março de 2007, 32 policiais militares foram mortos

Por Agencia Estado
Atualização:

O número crescente de tentativas de homicídios contra policiais militares no Rio de Janeiro atingiu, neste domingo, 8, a segurança do governador do Estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e sua família. O policial militar Guaracy de Oliveira da Costa, de 27 anos, foi baleado no início da manhã de em Água Santa, na zona norte do Rio, durante um assalto. Policial da Coordenadoria Militar do Palácio Guanabara, Costa integra a equipe que faz a segurança da família do governador. Ele seria responsável pela escolta dos deslocamentos de dois dos cinco filhos de Cabral, mas o Palácio Guanabara alegou motivos de segurança para não confirmar essa informação. Costa dirigia um automóvel Palio na Rua Borja Reis, por volta das 5h40, quando foi abordado por assaltantes, que atiraram contra ele. A polícia não soube informar se ele reagiu ao assalto, informação divulgada durante a manhã. A principal suspeita é de que, como nos casos recorrentes de crimes contra policiais de folga, provavelmente os bandidos resolveram atirar quando viram a arma ou documentos do PM. Costa foi atingido por cinco tiros, um deles no queixo e outro no tórax. Ele também foi atingido nos dois braços. Levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, o PM foi submetido a uma cirurgia. Até o final da tarde, seu estado de saúde era considerado grave. O carro e a arma de Costa foram levados pelos criminosos. O caso será investigado pela delegacia de Todos os Santos (26º DP). Preocupação Os crimes contra policiais preocupam o comando da Polícia Militar, que fez uma reunião com comandantes de batalhões em março para buscar medidas de prevenção. Somente entre janeiro e março deste ano, 32 PMs foram mortos no Rio. A maioria deles estava de folga e foi atacada nas mesmas circunstâncias que Costa. Em 2006, foram registrados 144 assassinatos de policiais, mas apenas 27 deles estavam em serviço. Há a suspeita de que o envolvimento de policiais com milícias que combatem clandestinamente o tráfico de drogas tenha contribuído para o aumento dos ataques. Texto alterado às 17h42 para acréscimo de informações.

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