PMs acusados de matar engenheira são presos no Rio

Ordem de prisão preventiva foi emitida na noite de quarta; policiais ocultaram corpo da vítima

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco foram presos na noite de quarta-feira, horas depois de o juiz Fábio Uchôa, do 1.º Tribunal do Júri da Capital, decretar a prisão preventiva dos grupo. Os policiais militares ficaram detidos no Batalhão do Recreio dos Bandeirantes e foram transferidos ontem para o Batalhão Especial Prisional (BEP).

 

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Na decisão, o juiz escreveu que a prisão preventiva era necessária para "afastar a insegurança jurídica e lesões à ordem pública, na medida em que os delitos descritos na inicial penal apresentam-se de extrema gravidade e foram praticados, em tese, por policiais militares, que deveriam exatamente zelar pela segurança pública"

 

O soldado da PM William Luiz do Nascimento e o cabo Marcos Paulo Nogueira Maranhão foram indiciados por homicídio e ocultação de provas e de cadáver. Os soldados Fábio Silveira Santana e Márcio Oliveira Santos foram denunciados apenas por ocultação de provas e de cadáver.

 

Patrícia desapareceu em 14 de junho de 2008. O carro dela despencou nas margens do Canal de Marapendi, na saída do Túnel do Joá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Policiais que estavam num carro oficial estacionado ali perto disseram que não havia ninguém dentro do veículo. Um deles contou que jogou uma pedra no para-brisa dianteiro para ver se havia alguém ao volante.

 

Peritos revelaram, no entanto, que o vidro foi quebrado para esconder marcas de tiro. O para-brisa traseiro foi manipulado para que Patrícia fosse retirada do veículo (o cinto estava afivelado e o banco reclinado, a fim de facilitar que ela fosse puxada).

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