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PMs envolvidos no caso Juan são presos no Rio

Inquérito concluído nesta quarta apontou que menino de 11 anos foi morto por policiais

Por Clarissa Thomé
Atualização:

RIO - Os quatro policiais militares acusados do assassinato do estudante Juan Moraes, de 11 anos, foram presos na tarde desta quinta-feira, 21. A prisão temporária do grupo, por 32 dias, havia sido determinada na véspera pelo juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. Os PMs passaram por exame de corpo de delito e foram encaminhados para o Batalhão Especial Prisional, na zona norte.

 

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Em visita ao Rio, a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, classificou o crime como bárbaro e elogiou a atuação do governo do Estado para investigar o crime. "O governo do Rio agiu diretamente e já temos medidas da Justiça, da polícia e do Ministério Público para que essa situação terrível não fique impune. Enfrentar a impunidade é a melhor maneira de defender os direitos humanos", afirmou.

 

Os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, e os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares foram denunciados pelos crimes de dois homicídios duplamente qualificados, duas tentativas de homicídio e ocultação do cadáver.

 

O advogado Edson Moreira, que defende os quatro policiais militares, informou que recorrerá da decisão judicial de prisão temporária, após estudar os autos. Segundo o advogado, ele só teria acesso ao processo depois das 18 horas e só então poderia comentar o tipo de recurso que tentaria. Depois desse horário, Moreira não foi mais encontrado.

 

O advogado informou ainda que os policiais passaram o dia no 20.º Batalhão de Polícia Militar (Nova Iguaçu), onde são lotados, cumprindo "expediente interno". / COLABOROU BRUNO BOGHOSSIAN

 

Texto atualizado às 19h32.

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