PMs que atuaram durante massacre em escola de Realengo são promovidos

Evento no Rio contou com presença do presidente em exercício, Michel Temer, e o governador Sergio Cabral

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Por Solange Spigliatti e da Central de Notícias
Atualização:

PAULO - Os policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária que atuaram no massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, foram promovidos nesta terça-feira, 12. Os três agentes foram reconhecidos pelo apoio que deram aos alunos que estavam sendo atacados pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira. Ao todo, 12 crianças morreram e outras 12 ficaram feridas no atentado.

  

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Na solenidade de assinatura das Promoções por Ato de Bravura dos Policiais, nesta manhã, o cabo Denilson Francisco de Paula será promovido a terceiro-sargento, o cabo Ednei Feliciano da Silva será promovido a terceiro-sargento e o terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves será promovido a segundo-sargento.

 

O evento contou com a presença do presidente da República em exercício, Michel Temer, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, o secretário de Estado de Segurança José Mariano Beltrame e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sergio de Brito Duarte.

 

 

Edinei Feliciano da Silva já está na polícia há 12 anos - os últimos três anos e meio como cabo. Já Denilson Francisco de Paula, que era cabo há apenas um ano, já está na Polícia Militar há nove anos.

 

O sargento Alves lembrou as 12 crianças mortas e as que ficaram feridas no tiroteio. "Eu preferia que as crianças estivessem vivas e eu não estivesse recebendo essa homenagem. Vou continuar meu trabalho nas ruas, que já venho fazendo há 18 anos. Vou continuar me dedicando 100% a essa profissão", disse.

 

Em discurso durante a cerimônia, Duarte, disse que os policiais demonstraram coragem, profissionalismo e serenidade durante a ação em Realengo. O comandante citou o livro sagrado do islamismo, o Corão, como uma forma de afastar as ilações de que Wellington de Oliveira tenha cometido os assassinatos supostamente depois de se tornar muçulmano. Segundo o coronel, o Corão traz mensagens de tolerância e de amor às crianças.

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Wellington foi alvejado pelo policial e, em seguida, cometeu suicídio. A ação dos policiais evitou que a tragédia tivesse maiores proporções.

 

Atualizado às 11h14

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