Polícia abre inquérito para apurar morte de menino em carro

Garoto paraense de dois anos teria entrado em veículo e morrido asfixiado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os pais do menino Lucas Cruz de Souza, de dois anos, que morreu na tarde de quinta-feira, 12, asfixiado dentro de um carro da família em Altamira, no sudoeste do Pará, poderão ser indiciados por negligência se ao final do inquérito policial ficar comprovado que tiveram culpa no episódio. A criança foi enterrada nesta sexta-feira, 13, no cemitério de Altamira em meio à comoção de familiares e vizinhos. Policiais estiveram na residência fazendo um levantamento do local. O carro foi encaminhado para perícia no Instituto Médico Legal. O delegado quer saber quem era responsável pela guarda de Lucas quando o fato aconteceu. Uma tia do garoto, Adriana da Silva Cruz, foi a primeira a ser ouvida no inquérito pelo delegado Francisco Silva. Ela disse que estava muito abalada com a morte de Lucas e justificou ter demorado a comunicar o fato à polícia porque estava sob efeito de remédios. Segundo a mulher, os pais de Lucas o levaram para um passeio a um banco da cidade, retornando por volta do meio-dia. Lucas e outros meninos da vizinhança ficaram brincando na calçada em frente à residência, próximo ao carro, um Gol quatro portas. À certa altura, sem que ninguém percebesse, o menino teria entrado no carro, cujas portas estavam abertas. A ausência dele foi notada pela avó somente depois do almoço, às 14 horas. Todos começaram a procurar pela criança. A avó resolveu verificar se Lucas estava dentro do carro e levou um susto. Ela viu o menino imóvel, deitado no banco traseiro. Lucas não respirava mais. Os pais ficaram em estado de choque e foram socorridos por vizinhos. Adriana contou que o veículo, um táxi, pertence ao avô do garoto. O delegado não quis adiantar quantas pessoas ainda pretende ouvir no inquérito. "O nosso objetivo agora é ouvir, durante o final de semana, todos os parentes e pessoas que possam ter envolvimento com o caso", disse Silva. E informou que somente dentro de 30 dias, prazo para o inquérito ficar concluído, é que irá definir se indicia ou não alguém pela morte de Lucas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.